Tarde descobri


És o último erro da minha vida 

ainda assim esperei por esse erro 

que veio como se eu não soubesse 

que era um erro

Agora

isso faz-me ter saudades de ter uma ideia 

e engulo numa boca de sangue 

inúteis palavras

e escuto ecos que não compreendo

na surdez de um búzio 


E a infelicidade que não morre 

e o erro que nasce todos os dias

faz-me ter saudades de ter uma ideia.




 

16 comentários:

  1. Muito confuso e não consegui perceber a ideia o que peço desculpa
    Beijos e um bom dia

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    1. Não há que pedir desculpa, neste caso até acho positivo que não se tenha revisto no texto de hoje, o que quer dizer que não se identificou com estes percalços da vida. Um abraço.

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  2. Há erros que confundem e mortificam até ao fim da vida.
    Beijo.

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    1. Ora aí está um comentário que revela a identificação do texto de hoje.
      Um abraço.

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  3. Quem nunca errou que atire a primeira pedra...

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  4. Ontem à noite ao ler este poema, perguntei-me se foi um erro perder a cabeça por um „deserto loiro“
    e agora ter de gramar o inverno alemão: frio e branco 🥶
    NÃO, não foi um erro!!

    O que eu quero dizer, é que não é preciso identificação para se compreender e amar a POESIA do Luís.
    E a aguarela é linda de morrer.

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  5. há erros que nos acompanham, mas saber assumir que assim foi, talvez seja uma maneira de rendenção.
    há erros que devemos perdoar mesmo que sejam os nossos.
    boa semana.
    :)

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    1. Isso é o principal, reconhecer e integrar no nosso passado como uma experiência.
      Um abraço.

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  6. Li e reli o poema que me remeteu para uma egoística reavaliação dos meus próprios erros e não estou segura de ter cometido um único erro que não tivesse surgido sem eu dar conta de que era um erro, ou de que estava a errar.
    Apesar de o que vou dizer lhe poder parecer uma perfeita loucura, não me tenho por infeliz. Posso, pontualmente, sentir-me infeliz, mas não SOU uma pessoa infeliz. De todo!

    Como sempre, adorei a sofisticada simplicidade da aguarela.

    Forte abraço, L.!

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    1. A maior parte dos erros que cometemos são involuntários, vêm adornados de algo que nos encanta. Tenhamos nós capacidade para os absorver juntos com toda a experiência de vida e retirar deles algum ensinamento.
      Um abraço.

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  7. Creio ser impossível a alguém não remoer algumas opções, vistas tardiamente, como equivocadas. Por vezes entramos por portas abertas sabendo, de antemão, que seu espaço interior não nos trará alegrias. E vai tudo para nossa bagagem. Abraço.

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    1. Boa análise. O que nos tolda tanto que nos leva a cometer erros mesmo quando são quase evidentes?
      Um abraço.

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  8. 'É a vida, que passa, e não espera pela gente'... Gostei muito!
    -
    Beijos.
    Boa noite!

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