O meu olhar
Olho-te com um olhar silencioso
fico a surpreender-me
com o raciocínio estrangeiro
que fazes de certas ideias
Olho-te com um olhar arrefecido
fico a entristecer-me
com o uso que fazes de certas palavras
Olho-te com um olhar plangente
fico a lamentar-me
com as tuas ideias decepadas da razão
Fico perplexo por
fumares os cigarros até queimares os lábios
por não quereres mudar de margem
por a tua boca ser uma toca de lebres
por veres uma ameaça em cada palavra desconhecida
Fico em pânico por
não seres capaz de um poema.
Descreves bem a incompreensão sobre nós e sobre os outros julgando-se serem os maiores e nem sabem como ferem. Estavas rosa e ficaste vermelho não de pânico, mas sim de raiva. Perante esse senário o melhor é virar as costas e xau! Foi o que senti.
ResponderEliminarBeijocas e um bom sábado
Este comentário é uma hipótese de receita contra as incompreensões. Uma boa interpretação do texto e um adequado procedimento.
EliminarBom fim de semana.
Um abraço.
- R y k @ r d o - deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarIntenso, profundo, poderoso de ler. Tela e poema BRILHANTES na sua conjunção poética.
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Cumprimentos poéticos … feliz fim de semana
Os meus agradecimentos pela visita e pelo simpático comentário.
EliminarBom fim de semana.
Cumprimentos.
Cenário de uma relação venenosa com uma metáfora fortíssima: „por a tua boca ser uma toca de lebres“
ResponderEliminarFelizmente que sei que a imaginação dos poetas é ilimitada … o meu olhar saiu ileso desta publicação terrificante.
Nunca se sai ileso quando algo toca a nossa sensibilidade, nem que seja por breves momentos.
EliminarEspero que este acutilante poema não venha a ser lido por alguém que funcione exactamente assim...
ResponderEliminarE não me despeço sem me pronunciar sobre a imagem cuja mancha estranhamente me tocou. Pastel de óleo?
Forte abraço, L.!
A mancha é pastel de óleo, sim ... a Maria João é conhecedora.
EliminarUm abraço.
É, desde a minha adolescência, o meu material de eleição :)
Eliminar👍
EliminarCidália Ferreira deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarUm poema "qual grito de desespero" Bastante intenso de sentimento... Gostei!
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Nas pedras, as ondas beijam com afeição
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Beijo e um excelente fim de semana.
Muito obrigado.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Não me sinto retratado
ResponderEliminarnem um bocado
Mas acho teu poema
absolutamente oportuno
pois rasa perto do absurdo
Um absurdo que existe.
EliminarLi o poema três vezes. Parece-me ser um poema de incompreensão perante alguém que é o polo oposto do Poeta. Mas não dizem que os polos opostos se atraem? A imagem, lembrou-me o Zeca Afonso "A formiga no carreiro /vinha em sentido contrário" Bem de acordo com o poema.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
É, de facto, um texto sobre as incompatibilidades.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
O Poema revela a incompreensão perante atitudes de alguém que julgamos perniciosas.
ResponderEliminarA força e a clareza das metáforas não deixam dúvidas e as cores carregadas de pastel de óleo também não!
Gostei.
Um abraço e bom domingo!
Interpretação correcta tanto do texto como da técnica utilizada na imagem.
EliminarUm abraço.