Sobre o odioso
Há quem nos ensine a odiar
Há quem com a doçura dos passos de um felino
nos ensine a odiar
Há quem com o rastejar suave de um réptil
nos ensine a odiar
Há quem com a cadência de um pingo de água
nos ensine a odiar
mesmo no silêncio nos ensine a odiar
ou no tumulto nos ensine a odiar
E a nossa membrana que suporta o amor
se inflama ___ perde elasticidade
torna-se dolorosa
O odioso sorri e contempla a obra
façamos-lhe por isso uma estátua
onde só a sua cabeça viva
e a paralisia dos seus músculos
o impeça de fugir de si próprio.
O ódio é um instinto horrendo do ser humano e há tantos que só de os ver e ou ouvir o modo como transmitem dá-me nojo, mas fazer uma " estátua para não fugir dele prório" seria muito pouco.
ResponderEliminarNão gostei da tua pintura que me fez muita confusão, o que desde já te peço desculpas.
Beijos e um bom dia
Procuro casar uma imagem com o texto, quando é possível. Não há nada para pedir desculpas.
EliminarUm abraço.
Na pintura, perfeitamente conseguido, o ódio enrola-se e desenrola-se diante dos nossos olhos.
ResponderEliminarNo poema, de que muito gostei até bem perto do final, descreve-se esse incessante bailado. Não consigo, no entanto, imaginar uma estátua que aprisione o ódio. Aquilo que imagino é que a mera contemplação dessa estátua lhe devolveria a mobilidade...
Mas esta é, obviamente, uma leitura muito minha, muito à flor da pele.
Forte abraço, L.!
Importante é que cada leitor faça a sua interpretação, é isso uma das funções da poesia.
EliminarMuito Obrigado, um abraço.
Eu sei, eu sei... :)
EliminarOutro abraço!
O ódio é dos sentimentos ou instinto pior que há. "O ódio mata"
ResponderEliminarGostei dos seus versos. :)
Beijo
Bom fim de semana
O ódio consome o odioso.
EliminarUm abraço.
Eu que nunca senti
ResponderEliminartal sentimento, e assim
Sinto-me limitado
para qualquer comentário
Ambos já ouvimos falar em "ódio de classe".
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