Foto de Daniel Filipe Rodrigues (excerto)
Uma espécie de
Sou uma espécie de
ave nocturna
com pânico da noite
uma espécie de
árvore ferida de onde
colhem o meu sangue
uma espécie de
mesa com uma perna
à espera de conserto
uma espécie de
toalha vermelha
a baloiçar no estendal
uma espécie de
liberdade em silêncio
Que difícil tem sido
ser uma espécie
daquilo que não sou
E penso tudo isto
ao ver uma espécie
de Aladino que se revela
no fumo que sai da cafeteira
que tenho ao lume.

Bom dia
ResponderEliminarNão há dúvidas , é mesmo uma espécie única e especial.
JR
Caro Joaquim
EliminarOs seus comentários são um fertilizante que alimenta o que por aqui vai germinando.
Obrigado.
Um abraço.
Please read my post
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLá fui parar ao Spam ou ao teu email.Será?
ResponderEliminar- R y k @ r d o - deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarTudo na vida é possível quando deixamos vaguear/voar o imaginário
.
Saudações cordiais … Feliz ano de 2023.
O imaginário é o lugar da criatividade.
EliminarBom Ano 2023, com saúde.
Cumprimentos.
Fatyly deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarRemovi porque tinha erros devido ao teclado que tem de ir ao estaleiro. Aqui vai:
De facto és uma "espécie difícil de decifrar" e de repente ao ler-te senti laivos de Fernando Pessoa que me deu a volta à cabeça na disciplina de Literatura...jasus tão negativo. Ó aladino "shaaha" favor (como dizia a minha neta) faz um café de chávena cheia com a àgua dessa famosa cafeteira, melhor dizendo, chaleira para não ficar chalada:)))
Gostei do poema mas mais da parte final:)))
Beijocas e um bom dia
O Aladino da nossa infância que se insinua quando temos o olhar parado no fumo de uma cafeteira.
EliminarUm abraço.
Também não tenho dúvidas de que seja uma espécie de todas as coisas que menciona neste belíssimo poema, L. :) Até mesmo "uma espécie daquilo que não é", mais ou menos ao jeito da minha firme leitura do Fingidor, de F. Pessoa, já que irá sendo, para os seus leitores, aquilo que eles forem imaginando que é.
ResponderEliminarEstou muito enganada ou já conheço essa sua bela lâmpada de Aladino, que aqui aparece apenas em parte? Gosto imenso de cafeteiras em esmalte e tive uma que infelizmente já sucumbiu no cumprimento do seu dever.
Um forte abraço!
Todos nós construímos "o outro" de acordo com o nosso olhar. Assim, somos um e vários ao mesmo tempo consoante quem nos observa.
EliminarA cafeteira é, de facto, a mesma.
Um abraço.
Fico contente por ter acertado :) Afinal não tenho uma memória tão pobrezinha quanto a imaginava, apesar de ser uma memória extremamente selectiva...
ResponderEliminarTodos somos únicos. Pienso que no hay persona idéntica a la otra, aunque puede coincidir algunas de las circunstancias que nos trae la vida.
ResponderEliminarBesos-
Cada persona es una individualidad pero toda humana. Un abrazo.
EliminarAladino??? Está na hora de pedir 3 Desejos...
ResponderEliminarDeve haver muita afluência de pedidos.
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarum poema pertinente, não obstante eu entender que todos nós, somos algo imperfeitos, e uma amálgama de temperamentos diferenciados, que misteriosamente, vamos gerindo conforme nos apetece.
Temos alter-ego, acho eu…
Piedade Araújo Sol
:)
Como alguém disse "todos diferentes todos iguais" e não só nas etnias.
EliminarUm abraço.
Gostei muito do poema e da imagem :))
ResponderEliminar.
Vida, é a luta semelhante a longos degraus....
.
Bom fim de semana.
Bom Ano. Beijo
A Elvira é simpática na sua apreciação. É estimulante.
ResponderEliminarObrigado.
Um abraço.