Foto do autor do texto a partir do documentário
"Quando os impressionistas quiseram pintar as paredes".
Nome ___o meu
O meu nome
é uma sucessão
de curvas de fogo ___
___ precisamente no lugar
onde já houve searas
e um campo de flores silvestres
tudo se incendiou
desde a morte do poema
e da inutilidade
dos últimos tempos
O meu nome
é uma sucessão
de uivos de uma garganta
em que a ternura
caiu desamparada
do colo das palavras
tudo se incendiou
porque levo os dias
a rebolar a minha imaginação
com todas as mulheres do mundo.
No teu passado perdeste alguém muito querido e neste teu poema é notório a tua incessante inquietude em busca de algo que te conforte.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Aqui chegados já, decerto, todos nós perdemos alguém muito próximo. A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer como disse Stig Dagerman.
EliminarUm abraço.
Olá Luís, bom saber que continua por cá.😁😀
ResponderEliminarGostei desta publicação. A foto soberba, o poema misteriosamente incendiário.
Beijo, feliz fim-de-semana.
Contínuo sim. Estou aqui diariamente desde Março de 2021, continuarei, assim o número de leitores e de comentários o justifique.
EliminarBom Dia fim de semana.
Um abraço.
Hay cuestiones que marcan toda una vida y ese metafórico incendio es una de ellas.
ResponderEliminarBesos.
Un fuego que nos consume de vez en cuando. Un abrazo.
EliminarVou por partes:
ResponderEliminar1 - A fotografia é fabulosa, mas não o seria tanto sem o título (nome) que a inspirou...
2 - Também no poema o nome - o seu - surge enquanto leitmotiv de tudo o que se vai desenrolando até ao final.
Excelente publicação, L.!
Forte abraço!
O documentário de onde fiz as fotos passou na RTP2.
EliminarO nosso nome somos nós, não importa se existem milhões iguais, o nosso percurso é único e um manancial de experiências.
Um abraço.
Não vi esse documentário e lamento muito tê-lo deixado escapar... Na verdade, nem sequer tenho um televisor que funcione, mas costumo aceder à programação através da RTP Play. Outro abraço!
EliminarNão está na RTP Play, pode ser que repitam em outro horário.
EliminarAbraço.
Poema Intenso e profundo.
ResponderEliminarBela foto
Feliz fim de semana
Muito obrigado.
EliminarBom fim de semana.
Um poema muito belo, bastante intenso!!
ResponderEliminar.
É preciso fazer a natureza especial ...
.
Beijo, e um excelente fim de semana.
Muito obrigado.
EliminarSaúde, um abraço.
Muito intenso!
ResponderEliminarTodos nós já tivemos as nossas searas e campos silvestres, precisamos de aprender a viver nas restantes estações da vida.
Continuação de um bom fim de semana
Tentamos... por vezes com dificuldades.
EliminarBom fim de semana também para si.
Um abraço.
Ainda debaixo de fogo 🔥 li o poema de homenagem aos impressionistas … ou talvez não.
ResponderEliminarEntão, os impressionistas quiseram pintar as paredes, mas não quiseram fazer a cama, depois da orgia.
Levar os dias a rebolar a imaginação com todas as mulheres do mundo é um acto de coragem.
Rebolar somente com uma, já é um sarilho.
O texto não tem ponto de contacto com os impressionistas.
EliminarAchei graça ao comentário bem humorado.
Há que ter coragem.
Claro que o poema não têm relação com os tipos franceses do cavalete.
EliminarHá que ter coragem para suportar os meus comentários, que nunca dizem „bonito“ „intenso“ „adorei”.
Acredito que o poeta tenha há muito tempo compreendido como aprecio a POESIA que leio aqui.
Quando falei em coragem não me referia aos seus comentários mas sim, à parte final do que escreveu antes sobre "rebolar a imaginação".
EliminarSei que aprecia o que escrevo e, acredite que valorizo a sua apreciação desde o início das suas visitas quando referia Paul Celan.
Céus!!!
EliminarEsta noite o poeta não compreende absolutamente nada daquilo que eu escrevo.
Claro que quando falou de coragem não se referia aos meus comentários.
Tanto louca como pareço, também não sou.
Aproveitei a oportunidade para lhe dizer, que embora os meus comentários sejam pobres em elogios, aprecio muito a sua POESIA, também as aguarelas e a maior parte das vezes: as fotografias.
Li o poema, nada menos que quatro vezes. E ainda não sei como comentá-lo. As imagens poéticas são tão fortes quanto o sentimento de perda e inadaptação ao momento atual. A parte final do poema, parece-me uma tentativa de aliviar o dramatismo anterior. Será? Me desculpe, mas nunca soube comentar poesia.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
A Elvira sabe o que diz e sabe comentar o que lê aqui. Cada leitor tem a sua visão e é isso que valoriza o que aqui publico.
EliminarUm abraço m
o teu nome será sempre o teu nome
ResponderEliminarmesmo que não gostes dele
é o teu legado
um nome que ficará impresso por aí na obra do Pintor e do Poeta
;)
É a nossa identidade.
EliminarUm abraço.