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Meu único amigo
Já quase não leio
nem escrevo
estou todo o dia
junto a uma janela
à espera que aconteça alguma coisa
já ninguém me diz ___ espera
vai acontecer alguma coisa
a luz arrepende-se e retira-se
uma porta abre-se e fecha-se
mas não entra ninguém
não vejo ninguém
Já nada me é concedido
a não ser sopa e um murmúrio
ah ___ e pão
é importante o pão
um laço comum ainda
com o mundo dos outros
está escuro ___ retirou-se a luz
é o momento certo
para terminar o poema
amanhã peço para te enviarem
esta carta poema
meu único amigo.
Tão dolorosamente triste, que não fui capaz de reter as lágrimas. E não consigo dizer mais nada.
ResponderEliminarAbraço
É importante que o que escrevemos toque a sensibilidade dos leitores. Obrigado Elvira.
EliminarUm abraço.
A solidão vai crescendo com a idade...
ResponderEliminarContinuação de boa semana, caro Luís.
Um abraço.
Alguns vão partindo e ninguém os substitui.
EliminarUm abraço.
Bom dia
ResponderEliminarProfundo, muito profundo.
JR
Bom dia. Obrigado por ter vindo.
EliminarUm abraço.
É a realidade de muitos é a tristeza de estarem sós e aqui estou eu pronta a entregar a tua carta/poema sem deixar de te dizer que continuas a ser um menino que sonha consigo mesmo e prova está na foto. É tudo muito triste o que descreves.
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
Obrigado pela compreensão e solidariedade.
EliminarBom Dia.
Um abraço.
Até para mim que amo profundamente a minha solidão criativa, este poema é tão profundo e belo quanto duro e amargo...
ResponderEliminarUm forte abraço, L.
Aprende-se a viver com a solidão vivendo connosco, ou seja, com técnicas para a superar.
EliminarUm abraço.
Tenho sempre a sensação de ter conquistado a minha solidão, mas é bem possível que, como muito bem diz, a tenha aprendido a superar...
EliminarOutro abraço!
Muy profundo este poema. Expresas muy bien la amargura de la soledad, desde esa ventana, ves la gente pasar y la mayoría de los qu pasan, charlando amigablemente con los amigos. En esa ventana , eres invisible a la vista de los demás.
ResponderEliminarBesos.
Muy bien analizado el texto publicado hoy. Estoy de acuerdo con tu interpretación. Un abrazo.
EliminarOntem à noite a solidão também me visitou.
ResponderEliminarAo ler o poema de madrugada fiquei ainda mais constrangida.
Vi um homem enforcado na fotografia.
Saúde, alegria e amor 🦩
Eu que detesto saudações … continuo comovida.
Não é um homem enforcado... Está vivo.
EliminarSão poemas que falam dos aspectos mais preocupantes da nossa vida, mas talvez seja preciso que alguém o faça.
Obrigado pela sua comoção
Um poema bastante emocionante e arrepiante...
ResponderEliminar.
São estilhaços da vida que me fazem viver
.
Beijo, boa tarde!
Tem a marca do sofrimento de muitas pessoas reais.
EliminarUm abraço.
Olá, Luiz!
ResponderEliminarUm retrato da solidão (a começar pela imagem ilustrativa) onde só o poema é nosso melhor amigo.
Muito bonito e real aos poetas de um modo em geral.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Acho que os meus leitores compreendem esta realidade de muitas pessoas.
EliminarDesejo-lhe também dias bons.
Um abraço.
Retrato tão provável quanto chocante da etapa final da vida.
ResponderEliminarExcelente, Luis.
Espero que o poeta minta muito...
Beijo.
© Piedade Araújo Sol (Pity) deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarDuro e forte.
Até a foto mexeu comigo.
E eu não gosto de chorar.
mas...
Um comentário que tomo como um elogio à publicação e que agradeço.
EliminarUm abraço.
Um mundo à parte, o mundo solidão com fronteiras pouco definidas, um mundo imensurável que nem sempre está à janela, ou abre a porta para arejar e o pouco que se vê, já é muito e doloroso, existe nele um poço iniciático e quem lá mergulhe, raramente retorna.
ResponderEliminarKandando.