Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM
A tristeza
(uma tentativa de definição)
A tristeza será talvez como uma ave
que se aprisionou na gaiola da nossa mente
será talvez uma ave cantando baixo
na cavidade sombria do nosso ser
será talvez uma ave que se alimenta
sôfrega da nossa reserva de flores
A tristeza será talvez como uma ave
a quem abrimos a gaiola mas que sempre volta.
"o tempo não faz concessões ao tempo.
ResponderEliminara sombra jurou fidelidade à luz desde o primeiro engano."
Maria José Quintela
Talvez a ave tenha a gaiola dentro de si...
Bom dia
ResponderEliminarNão é uma tentativa , mas sim a definição.
JR
Certamente, alguns leitores concordarão com o que aqui deixei sugerido.
EliminarObrigado.
Eu vejo a tristeza descer leve como um pássaro!
ResponderEliminarDeixe-a voar!!
Sim, está sempre a planar.
EliminarO poema, claro como água, é lindíssimo mas a jovem corujinha que sobre ele está pousada, não é menos bela. Para mim, claro.
ResponderEliminarCreio que não me levará a mal se lhe confessar que raramente me sinto profundamente triste, que essa ave cuja gaiola abri, muito, mas mesmo muito raramente me vem visitar. Agora, quanto à ave da combatividade, à da revolta contra as injustiças e à da que sobe bem alto para poder olhar o todo, dessas tenho um imenso aviário e todas partem e voltam e partem e voltam para se juntarem à ave da criatividade poética, à ave da dor física e à do protesto, já que a da criatividade plástica perdeu as asas há muito tempo.
Forte abraço, L.!
Gostei do seu comentário. Acontece, pelos vistos, que cada um terá o seu reduto de aves cada uma com as suas características.
EliminarUm abraço.
A tristeza é estar aprisionado dentro das próprias consequências!
ResponderEliminar"Encantador de pássaros, tenho nos dedos o instante
dos rios em que se oculta um leve bater de asas,
a mestria do aceno reflectido no lago,
a chuva como a pele nas ledas madrugadas.
Um anelo de sedes irrompe-me dos lábios
reclamando da boca a memória da água,
o vitral de uma luz que venha e não se atarde
a derramar o sol entre cristais de orvalho.
Não sei como deter esta abstracta vontade de absorver o opaco,
segurar entre as mãos o adejar das asas,
beber a alquimia da lonjura do voo
predestinado à melodia da obscuridade
que carrega consigo o segredo das ásvores
e deixo-me ficar, como barro sedento,
ou vertigem de musgo segurando-se à laje,
observando o azul de um telhado sem casa
e o espanto da miragem crecendo num menino parado."
Fernando Fitas = > Elegia dos Pássaros
Um belo poema que agradeço.
EliminarMiradas desde mi lente deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarSi es como un pájaro, lo que necesita es volar en libertad.
Besos.
Volaré, pero no me alejaré mucho. Un abrazo.
EliminarOi L
ResponderEliminarVoltando aqui para nossa alegria (risos), na verdade a 'minha' alegria
_ nada de tristeza mas se deixarmos uma portinha aberta ela se mete a
nos perturbar. Gosto da corujinha.
Um abraço de retorno.
Nem mais, temos de estar atentos.
EliminarObrigado por ter vindo.
Um abraço.
Excelente tentativa de definição. Se mexer, estraga!
ResponderEliminarSomos seres duais: felizes e tristes.
Beijo.
Somos como somos... nada a fazer.
EliminarUm abraço.
eu entendo muito bem essa tristeza aprisionada em nós)
ResponderEliminara imagem pode não ser bonita mas está bem para o texto
:)