As casas quando morrem
Quanto ao suicídio das casas
os homens nada podem
elas decidem morrer quando abandonadas
as casas sem luz sugam
todo o ar possível
e mancham-se de desgosto
de inutilidade
de solidão
nem a dureza da pedra as demove
É tarde quando o homem avança
se os alicerces ___
___ o que está oculto nas casas
___ se torna irreversível de tristeza
os homens convencem as casas
ao suicídio
ao encerrarem portas e janelas
com a violência do desprezo.
Elas adivinham a brutalidade
das máquinas que as destroem
e a morte da luz
elas sofrem quando
lhes arrancam das entranhas
as memórias
as vozes dos que foram
os risos de crianças
os suspiros dos amantes
as músicas
Os homens nada podem
quanto ao suicídio lento
das casas
só as flores silvestres não as abandonam.
As ruínas são a vingança das casas.
Foto e texto que dão que pensar por tão verdadeiros. O abandono das casas, algumas verdadeiras obras de arte, como acontece em SINTRA por exemplo, é um crime urbanístico.
ResponderEliminarBom dia - Feliz sexta feira.
Sem dúvida. As casas vazias estão na ordem do dia.
EliminarBom Dia, bom fim de semana.
Um magnífico poema ao abandono do que em tempos foi acolhimento humano. Gostei muito assim como a foto!
ResponderEliminarBeijos e um bom fim de semana
Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
Bom dia
ResponderEliminarUm trabalho de se lhe tirar o chapéu .
Parabéns .
JR
Muito obrigado pela saudação tão expressiva.
EliminarUm abraço.
Um poema que me deixou literalmente presa a ele, L.!
ResponderEliminarCoisa estranha que ambos sintamos a pulsação das casas exactamente da mesma forma e que nos tempos em as longas caminhadas faziam parte do meu dia a dia, me sentisse sempre tão absurdamente atraída pela extrema beleza das casas em ruínas...
E, agora, pela extrema beleza deste seu AS CASAS QUANDO MORREM.
Um muito forte abraço!
As casas fazem parte da nossa vida, sobretudo dos que já viveram em muitas, que é o meu caso. A algumas gostaria de voltar só para dar uma olhada.
EliminarUm abraço.
Magnífico poema.
ResponderEliminarUm feliz fim de semana
Muito obrigado.
EliminarBom fim de semana também para si.
Um abraço.
Casas em ruínas... dói e envergonha vê-las morrer devagarinho, abandonadas, esquecidas.
ResponderEliminarGrande poema, Luis. Enorme, mesmo.
Beijo, feliz fim-de-semana.
Há hoje muitas casas em ruínas ou perto disso, em todas as cidades.
EliminarUm abraço.
Quantas estórias estão para lá das quatro paredes?
ResponderEliminarGostei :)
.
Coisas de uma Vida
.
Beijos. Boa noite!
Ficarão para sempre no silêncio.
EliminarUm abraço.
Miradas desde mi lente deixou um novo comentário na mensagem "":
Eliminarse murieron sus antiguos moradores y detrás se fueron muriendo lentamente ellas. ya mismo serán derribadas y sustituidas por un moderno edificio.
Feliz fin de semana. Un abrazo.
Lo nuevo reemplazará lo viejo... sin piedad. Un abrazo.
EliminarUm poema angustiante. Ver as casas em ruínas morrendo dia após dia é muito triste.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom Domingo
Há muitas por todo o lado... morrem por serem inúteis.
EliminarUm abraço.
Um poema que mexe comigo.
ResponderEliminarPara mim é um desalento ver casas abandonadas, e imaginar a vida que tiveram outrora.
Mas, por algum motivo, tamém sou fascinada por fotografar casas abandonas.
boa semana.
:)
Ressalvo a palavra tamém por também.
ResponderEliminardesculpe
As casas abandonas são um bom tema para fotografar.
EliminarUm abraço.