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Carta
Como se não houvesse
mais nenhum corpo
para além do teu
contemplei-te como
um poema vivo
a não mais do que um metro
de distância da tua aura
depois disto a minha alma
regressa ao lugar de onde veio
se lhe for possível
encontrar o caminho.
Idealizo esse encontro na Pont des Arts, lugar donde não se
ResponderEliminarregressa com a alma incólume,, embora presentemente os
românticos já não possam deixar aí os seus cadeados de
amor.
Um abraço
Olinda
Essa é uma referência inesquecível, quem a viveu guarda-a com esse encanto que está nas palavras do seu comentário.
EliminarUm abraço.
A tua pena repousa ao teu lado.
ResponderEliminarO teu eco divaga
latente na cidade da luz.
Cerro os olhos.
Enxergo Paul Celan ao teu lado.
E tu, POETA, não me puxes os cabelos, por não resistir a este devaneio.
Amei a força poética das palavras e a lindíssima fotografia da carta.
O autor acorda hoje com este seu comentário de cariz tão poético que quase fica invejoso de não ter o mesmo fim glorioso de Celan
EliminarCéus‼️
EliminarO meu comentário provocou-lhe tremenda depressão.
O fim de Paul Celan não foi glorioso.
Paul Celan faz amizade com o casal de escritores franco-alemão Yvan e Claire Goll. Após a morte de seu marido, Claire Goll faz acusações públicas de plágio em 1960, também contra a "fuga da morte". O poeta é mais tarde completamente reabilitado pelos acusadores, mas a sua psique sofre danos permanentes devido ao "caso de plágio".
Glorioso no sentido de que escolheu o Sena para se afogar e não outro rio qualquer.
EliminarConsequentemente, escolheu o Sena porque vivia em Paris.
EliminarNa continuação do seu „romance“ com INGEBORG BACHMANN tinha-se afogado no Donau.
Consequentemente, eu escolho o rio Reno.
Ou talvez o Douro.
Embora a minha preferência vá para as CATARATAS do NIÁGARA ☠️
Que rio corre nas Caldas da Rainha⁉️
Nas Caldas não corre qualquer rio.
EliminarNo papel de carta já se anuncia a beleza da escrita do próprio punho
ResponderEliminarque por si só é poesia à distancia ou não.
Ah amo cartas assim , sem muito explicar, mas dizendo tudo.
Grande abraço L
Está quase tudo perdido na prática do amor nos dias de hoje... já não há cartas de amor.
EliminarUm abraço também.
Escreveste uma bela carta de amor e a tua letra é mesmo de um poeta/homem com personalidade. Gostei muito!
ResponderEliminarBeijos e um bom domingo
Fico contente com a simpatia do comentário. Agradeço.
EliminarUm abraço.
Me ha gustado ver esa letra manuscrita, ahora que se emplea tanto las nuevas tecnologías.
ResponderEliminarFeliz domingo de descanso
Hoy ya no escribimos cartas, todo tiene menos sabor.
EliminarUn abrazo.
O que mais me encantou, para além da imagem do manuscrito, foi a imensa ternura traduzida na fragilidade confessa: ..."Depois disto/A minha alma/ Regressa ao lugar de onde veio/ Se lhe for possível/ Encontrar o caminho"
ResponderEliminarUm forte abraço, L.!
Uma alma sempre na procura do lugar original, de acolhimento e segurança.
EliminarUm abraço.