A finitude do mundo
É tarde no campo ___ estamos
lado a lado
Outono é o lugar
ao longe avistamos duas figuras
lado a lado
reconhecemo-nos curvados e lentos
alguém diz o teu nome
com surpresa olhas para trás
e vês-te a ti própria
apontando para as duas figuras
que passeiam depois do Outono
curvadas e lentas
dizes
descem as horas
sobre a minha emotividade
e o que dizes não tem mais palavras
nem cruzar de dedos
nem lágrimas
penso
nada do que dizes ofende
a brancura da minha velha casa
apenas me surpreende a ousadia
de tentares a demolição
do lugar que habitas
olhas para trás de novo
dizes o teu próprio nome
mas não há ninguém ___ e já é noite
ao longe as duas figuras
estão ainda mais longe
mais curvadas e mais lentas
agora temos luz
apenas sobre os nossos rostos
no crepúsculo
o meu desânimo confirma
a finitude do mundo
ainda que tu não o saibas.
Sabe,
ResponderEliminarA poesia tem esse poder
de me fazer ou de nós fazer
imaginar cena a cena.
Lindos versos!
Bjins
CatiahoAlc.
Esse é um objectivo do autor. Fico contente com este seu comentário.
EliminarUm abraço.
Bom dia
ResponderEliminarOnde vais buscar tanta coisa bela todos os dias ?
JR
O seu comentário sensibilizou-me.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço reconhecido.
O motivo da fotografia é deveras interessante.
ResponderEliminarDalai Lama e discípulo ainda no bom caminho — antes do conflito da língua.
O mundo não tem fim — é ilimitado.
O ser humano sim, é finito e, todos nós, sabemos isso.
O mundo só existe enquanto cada um de nós existir, o que fica é o mundo de cada um dos outros.
EliminarÉ um depoimento individualista‼️
EliminarConcordo.
EliminarO que eu quero dizer, é que o ser humano é absolutamente irrelevante.
ResponderEliminarMesmo sem poetas, o sol continua a nascer 🌞
Acredito na eternidade do universo.
Essa é uma forma inteligente de enfrentar a finitude do mundo... sem medo do fim.
EliminarLindo... Para refletir!
ResponderEliminar.
Sinto-me no caminho da convicção...
Beijos e um ótimo fim de semana.🌲
Muito obrigado.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Gostei muitíssimo do poema e da imagem, mas no estado em que me encontro penso que nada do que disser poderá fazer justiça ao que li e visualizei...
ResponderEliminarUm forte abraço, L.
Não precisa de comentar, basta vir fazer uma visita.
EliminarAs suas melhoras.
Um abraço.
Obrigada, L.
EliminarOutro abraço
Gostei da imagem e do poema. Às vezes onde tudo acaba é onde tudo começa.
ResponderEliminar~CC~
Curioso o seu comentário, pensando bem é capaz de ser mesmo assim.
EliminarMuito Obrigado.
Gostei da imagem.
ResponderEliminarGostei do poema.
A vida a passar.
O fim a brilhar.
Mas há fins que são falsos.
São apenos recomeços.
Boa semana com muita saúde.
:)
Esperamos o fim que nos vai calhar.
EliminarUm abraço.