Foto de Daniel Filipe Rodrigues



O homem acocorado


Perco de vista a alvorada

centro a atenção num homem acocorado

faz-se o dia entretanto

e o homem diário que esqueceu o nome

marcou o seu espaço volteando o olhar

que começa e acaba num muro

olho o exercício das suas mãos 

vassalas da vontade

quando tudo recomeça 


abandono o lugar

entro pelo anoitecer

em direcção à madrugada

e tudo recomeça.



 

10 comentários:

  1. Quando chegar Abril, repete o poema (mas sem muro)

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  2. Teresa Palmira Hoffbauer18 de janeiro de 2024 às 16:04

    Imagino o homem acocorado junto ao Muro das Lamentações.
    Há muros que nenhum ABRIL destrói — são construídos com o ÓDIO.

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    1. Uma interpretação muito interessante. Gosto sempre de várias alternativas à leitura das minhas publicações.

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  3. VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":

    Hay muros invisibles, que es imposible de traspasar por eso ese hombre se lamenta.
    Un abrazo.

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    1. Muros que la vida construye alrededor de determinadas personas.
      Un abrazo

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  4. Que esse homem se levante e faça cair o muro.
    E, recomece.
    Beijinho, L

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  5. Caro Poeta/Pintor/Fotógrafo e Amigo
    Que esse homem se levante, e viva coo se não houvesse amanhã.
    Em cada dia há sempre um novo renascer.
    Boa semana.
    :)

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