Foto de Daniel Filipe Rodrigues
O meu coração
sou eu e não sou eu
Espero-te
e em cada ruído julgo que chegas
mas o som
é o meu coração a bater
um coração relógio a bater
dentro de uma caixa escura
já não reconheço os teus passos
de há tanto tempo
não se aproximarem
por isso
sento-me a uma mesa
com uma toalha em vermelho escuro
ponho à minha frente a caixa
que contém o meu coração
e digo-lhe
vou separar-me de ti ___ coração
fizeste-me sentir amargurado e inquieto
por mim
vou entrar na clandestinidade
e deixarei de respirar
e tu ___ morre por mim sem me o dizeres.
O meu coração bate de emoção ao contemplar a beleza ímpar da fotografia.
ResponderEliminarA encantadora fotografia não ofusca o poema.
Há uma discrepância entre a tranquilidade da natureza verde e a caixa vermelha, onde se esconde o coração amargurado e inquieto.do poeta. Há ainda a possibilidade de uma clandestinidade real para quem quer modificar o sistema político português — após o próximo dia 10 de Março. Nunca se sabe, o que vai acontecer.
Falando de dia 10 direi "tenho o meu coração nas mãos pulsando inquieto".
EliminarTambém eu, L., também eu...
EliminarSobreviveremos firmes nas nossas convicções.
EliminarO relógio marca as horas e repercutem-se no coração.
ResponderEliminarE ele, sem culpa, ouve a sentença :" morre por mim sem
me o dizeres".
Um abraço
Bom dia
Um abraço
Olinda
Um abraço repetido.
EliminarMas nunca são demais.
Bom dia
EliminarOs corações têm a sua vida própria independentemente da nossa vontade.
Um abraço
A indecisão do ser ou não ser é bem tramada e incomoda muito...mas olho para a foto e tenho a certeza onde depositar o meu "coração! com muita tranquilidade!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Um coração passarinho ficava bem naquela casinha.
EliminarUm abraço.
Oi L
ResponderEliminarVoltando_ já com imensa saudade dos seus poemas , e
amando esse olhar do Daniel _ o 'coração' da árvore... seu poema diz tudo.
Muitos corações pra ti, amigo
Bem vinda. Os corações é que mandam em nós.
EliminarUm abraço.
A fotografia é uma pequena maravilha, mas não lhe ofusca a singular beleza do poema, L ...
ResponderEliminarUma coisa lhe posso muito prosaicamente garantir: quando o seu coração morrer, fá-lo-á saber que morreu, mesmo estando inocente da dor que provoca...
Posso estar enganada, mas creio que só transmutados em pássaros sobreviveríamos à clandestinidade, nos tempos que correm...
Forte abraço!
Os corações não têm coração... deixam-nos morrer.
EliminarEspero que não entremos num novo período negro da história.
Um abraço.
VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarUn corazón que late, siempre debe ser escuchado.
Sí, debemos prestar atención a los llamados del corazón.
EliminarUn abrazo.
um poema, uma imagem...
ResponderEliminaruma simbiose perfeita entre a beleza doce de uma foto e a amargura de palavras fortes que determinam a vida de um coração
Um abraço
O coração que nos faz viver e que nos mata.
EliminarUm abraço.
ninguém manda no coração,
ResponderEliminarnem o próprio dono
por isso fique quieto
que ele nao lhe obedecerá...
a foto é muito bela.
;)
Este coração há-de matar-nos.
EliminarBoa Luís,
ResponderEliminarUm poema magnífico em que a tristeza se faz presente, por um amor ausente.
Beijinhos,
Emília
O coração sente tudo.
EliminarUm abraço.
Olá
ResponderEliminarAdoro a fotografia.
Lá dentro um ninho e no ninho um passarinho, pequenino.
Gostei de o ler e sentir este amor ausente, mas presente num cantinho do coração, quer queira quer não.
Abraço e brisas doces **
Uma espera a que o coração nos obriga.
EliminarUm abraço.