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O poeta não é a poesia
Estava um poeta
construindo um poema
na sua mente poética
Aqueço entre as mãos
o pão do meu dia
o telefone toca
o poeta pára e ouve
uma voz de mulher que diz
-Afinal… julguei que éramos amigos
o poeta pergunta
-Já não somos?
-Talvez não
-Porquê?
-Desiludiste-me
-Porquê?
-Porque afinal a tua poesia
são apenas palavras
diz o poeta
-Ora essa!
-E eu que acreditei
que a tua poesia era também
a ausência das palavras
o poeta pousa o telefone
e toma de novo o poema
na sua mente poética
Entre as mãos tenho
o pão do meu dia ___ frio.
Se ao invés de frio, fosse frito, o pão seria muito melhor...
ResponderEliminarSou levado a concordar.
EliminarDeixar tocar o telefone é a minha divisa.
ResponderEliminarFez bem, em atender o telefone, poeta, nasceu do diálogo um poema original.
A fotografia é soberba.
Atendi e alguém ficou a saber que o poeta não é a poesia.
EliminarEu pensava, que todo o mundo sabia que os poetas não são a POESIA.
EliminarEu imaginava que sim....metade da poesia é treva, sangue e sonho. Nela tudo é real e simultaneamente irreal.
EliminarO poeta é apenas o lado, por vezes, sofrido e irreal da poesia.
EliminarO Poeta é um artesão.
ResponderEliminarA Poesia é a obra do artesão.
Gostei da foto e do poema.
:)
É uma interessante definição.
EliminarObrigado.
Como continuo a sentir-me muito limitada, direi apenas que nunca atendo o telefone quando estou a cozinhar um poema.
ResponderEliminarUm forte abraço, L.!
Faz muito bem, se desliga o lume do "cozinhado" ele encrua.
EliminarUm abraço.
Bom dia
ResponderEliminarSó mesmo para poetas .
JR
O que seria dos poetas sem os seus leitores?
Eliminarsim a poesia são palavras .
ResponderEliminarE enche a nossa sala quando o telefone toca...e se materializa.
Gosto do devaneio, Luís.
deixo beijinhos
É apenas um pensamento e a forma de o explicar.
EliminarUm abraço.
Há um poema de Amílcar Cabral em que diz "A minha Poesia sou eu".
ResponderEliminarEle sabe que através da sua Poesia poderá abarcar e abraçar o mundo inteiro.
Identifica-se com ela e personaliza-a, tornando-a autónoma, sem que o
que o cordão umbilical se desvaneça.
Um abraço.
Olinda
Compreendo a ideia mas sempre me pareceu exagerado exigir do poeta, que é um ser humano, a personificação da poesia. O poeta também fraqueja ... e muito.
EliminarUm abraço.
Penso que não é uma questão de exigência dos leitores
EliminarMas apenas porque o poeta o quer ou se o quiser.
Um abraço
Não digo que é uma exigência dos leitores mas sim das pessoas em geral. Comparando, as pessoas estão sempre à espera que um humorista fale dizendo piadas, ou seja, não esperam que seja um homem comum.
EliminarUm abraço.
Certo :)
EliminarMuito obrigado.
EliminarUm abraço.
Ah Poeta,
ResponderEliminaré exatamente bem assim.
Sua poesia traduz perfeitamente.
Obrigada por isso.
Bjins
CatiahoAlc.
Só posso agradecer a o seu gentil comentário.
EliminarUm abraço.
Hoje, teu poema
ResponderEliminaré a massa de que se faz tal pão
E as palavras? São o fermento
que faz crescer o sentimento
mesmo que seja triste
Em tudo o que fica escrito há sentimento.
EliminarQuem escreve poesia como tu não pode estar sempre a fazer, porque és humano e não uma máquina qualquer. Gostei!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Momentos em que buscamos a parte mais sensível de nós.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarQue poema tão belo e tão interessante!
Eu penso que os Grandes Poetas têm a essência da poesia em si.
Beijinhos,
Emília
Uma essência que se manifesta... depois desaparece... depois volta de novo.
EliminarUm abraço.