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A minha memória falhou


A noite empurrou-me para a madrugada 

o dia começou tarde e hoje foi o primeiro

em que a minha memória falhou


perdeu-se a beleza antiga das coisas

no tecto do mundo há imagens que não reconheço

a minha memória falhou


só me lembro que continuo a amar-te

com suaves movimentos da alma e do corpo

em todas as madrugadas.



 

15 comentários:

  1. O fundamental foi lembrado.
    Um abraço
    Olinda

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    1. O fundamental, o alicerce da construção da felicidade.
      Um abraço.

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  2. Tudo vai mudando no decorrer dos anos mas o que importa mais é o que dizes no último verso.
    O vídeo fez-me confusão porque nunca conseguiria estar num espaço assim.
    Beijos e um bom dia

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  3. Hoje as palavras não são minhas mas de Bernhard Schlink, in "A Neta":
    “No desamparo e na vulnerabilidade que as noites em claro provocam, até os mais fortes sucumbem.”
    Bom fim de semana, amigo Luís. E obrigada pela colorida flor primaveril.
    Beijo.

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    1. As madrugadas obrigam-nos a gastar os neurónios... acordamos cansados.
      Bom fim de semana.
      Um abraço.

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  4. Yayoi Kusama? Quero ir vê-la a Serralves, ou melhor, à exposição.
    Acho sempre de grande generosidade amar alguém, que mantenha essa capacidade de amar é incrível.

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    1. Sim, Yayoi Kusama, vale muito a pena a deslocação até Serralves.
      Amar é praticar o acto de viver.
      Um abraço.

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  5. Boa noite Luís,
    Boema muito belo!
    O amor tudo suporta!
    Beijinhos e bom fim de semana.
    Emília

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  6. Porque a noite é feita de tantas madrugadas
    Abraço Amigo

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    1. As madrugadas podem ser uma aflição ou um lugar de inspiração.
      Um abraço.

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  7. Teresa Palmira Hoffbauer7 de abril de 2024 às 14:00

    Kusama Yayoi: Novo hype em torno da aclamada artista japonesa.
    O vídeo leva-nos a um mundo fascinante.

    A memória é traiçoeira.
    O amor é eterno.

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  8. traído pela memória (acontece)
    mas o amor se é amor deixa lembrança....

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  9. Tão belos os últimos versos!
    Foi tão agradável ler...
    Isto é o Verdadeiro Amor, em que nem as madrugadas o leva...
    Muito obrigada!

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