Na Graça Divina
Uma boca como uma fenda
um ninho de aves doentes
sem apelo nem agravo
como diz o povo da aldeia
uma boca a esmagar entre dentes
as orações decoradas e repetidas
e os dentes em falta provocando silvos
naturais na pronúncia da aldeia
tudo o que ali se reza
passa por ser verdade
quem não acreditar não terá mais luz
sem apelo nem agravo
como diz o povo da aldeia
terá direito apenas às tremuras
da luz surda das velas por um euro
se não se benzerem
a morte fará deles o que quiser
quando menos esperarem
sem apelo nem agravo
como diz o povo da aldeia
porque d'Ele não poderão esconder nunca
os seus lugares escondidos
tudo se encontrará na Graça Divina
com um disco do Seu Corpo na boca
e um disco de prata na caixa das esmolas.
Com ou sem a luz da graça divina, volto a lê-lo com grande prazer sem contudo poder prometer-lhe que cá esteja amanhã.
ResponderEliminarAs mazelas vão-se multiplicando e os medicamentos também... Estou "amansada" até ao tutano e por muito que me apeteça rosnar, nem piar consigo.
Um abraço, L.!
Bem vinda Maria João, espero que se recomponha, domingo é dia de sair à rua.
EliminarAs melhoras.
Um abraço.
Cuando la desesperación, invade nuestra alma, solo podemos encontrar consuelo en la oración.
ResponderEliminarFeliz fin de semana. Un abrazo.
Encontramos la paz en el silencio.
EliminarFeliz fin de semana
Un abrazo.
Elvira Carvalho
ResponderEliminarUm poema complicado de comentar, se é que é simples comentar algum. Eu acredito que a paz (não me refiro à paz em tempo de guerra, mas à paz pessoal ) não se encontra em lugar nenhum se ela não vive dentro de nós.
Abraço e saúde
Estou totalmente de acordo. Acho que nos tempos que correm poucas devem ser as pessoas que vivem em paz.
EliminarSaúde, um abraço.
Boa tarde Caro Poeta/Pintor e Fotógrafo
ResponderEliminarUm poema forte e muito difícil comentar
Por vezes, o que entendia já não faz sentido nenhum.
Eu apenas queria viver num mundo mais feliz, onde a paz existisse.
:(