O homem que não gostava de praia
Um homem está deitado na praia
sobre uma toalha evidentemente colorida
com a palavra SUN em grande
sobre a areia de todos os dias
o homem ocupava o tempo a detestar a praia
mas contrariando um gesto violento
é compreensível que a mãe e dois filhos
não troquem um dia de verão
por um almoço no centro comercial
o homem está deitado na praia
com os olhos fechados apenas vê
o vermelho das pálpebras entre ele e o sol
tem parte do corpo à sombra
de um toldo de riscas azuis
no mesmo lugar de todos os dias
tendo os olhos fechados ouve o mar
concentra-se nos sons ___ com isso
contrariando um gesto violento
ouve os meninos a brincar
o isqueiro da mulher
os que gostam da praia as vozes ___ as vozes
o homem que está deitado na areia
pensa na sua infância e sente a falta de uma voz
anunciando bolas de berlim
nesse momento o homem sentiu na boca
o sabor da infância e decidiu
caminhar pelo mar dentro
sem que ninguém desse por isso
iniciou a caminhada para não voltar à praia
estava bandeira verde.
Talvez a resposta a tudo o que o atormenta esteja no Mar...nas memórias de uma infância recheada de outras vozes e outras vontades..
ResponderEliminarDa praia, gosto apenas de ouvir o Mar...por isso, deixo a praia quando todos chegam...
Beijos e abraços
Marta
O mar é traiçoeiramente belo.
EliminarUm abraço.
Um poema que mostra que há quem não goste de praia e este homem sofre preso ao que já passou. Muito triste e angustiante!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Quando a praia tinha sabor a bolas de berlim.
EliminarUm abraço.
Esse homem... sou eu
ResponderEliminarmas não me importo que desvendas
meus segredos, nos teus poemas
Pura coincidência, só se fica a saber porque está aqui a tua afirmação.
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor e Fotógrafo
ResponderEliminarUm poema cheio de mensagens, mas que me deixou um amargo de boca, pelo seu final.
Mas eu até entendi a sensação de angústia do homem.
Boa semana com saúde e harmonia.
:)
É um gosto para o autor quando os leitores encontram no escrito algo que identificam.
EliminarUm abraço.
Para não voltar?! Parece tragédia, se não se volta do mar...Mas há muitos homens assim, a fazer sacrifício para estar na praia com a mulher e os filhos, vejo-os calados ou irritados. Enfim, as famílias tradicionais são uma imensa prisão. Podiam fazer juntos o que gostam e depois cada um fazer outras coisas sozinhos. Enfim, não vá por esse mar...
ResponderEliminarO mar recebe todos, os infelizes e os felizes, todos se podem banhar nele.
EliminarUm abraço.
Talvez o homem que não gostava de praia, tivesse algumas más memórias das suas idas à praia quando criança. Procurar o suicídio não resolve os seus problemas e cria outros à mulher e aos filhos. Também não entendo porque o homem ou a mulher têm de "fazer frete" para acompanhar o outro. Isso nunca aconteceu comigo e o meu marido. Só estávamos juntos naquilo que os dois gostávamos.
ResponderEliminarSaíamos juntos e entrávamos juntos mas enquanto ele ia ao futebol, ou jogar snooker com os amigos eu ia ao cinema, ou lanchar com amigas.
Abraço e saúde
Saber viver acompanhado... é uma virtude.
EliminarSaúde, um abraço.
VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarA mí me encanta la playa y disfruto con la vista del mar. Yo creo que eso se nota, en las fotografías que voy publicando.
Un abrazo.
Se puede ver en sus publicaciones que es una amante de la playa.
EliminarUn abrazo.
muito denso...
ResponderEliminarserá que não gostava mesmo de praia.
ou seria da vida?!
Nem o autor sabe a verdadeira razão.
EliminarParapeito deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarGostei muito e sorri :)
O meu maridU detesta praia .
A sorte é que também não gosta do mar , por eu escolher praias de água fria.
Um excelente poema, que retrata tão bem como pode ser uma relação.
Não existe coisa pior no amor que ser obrigado a fazer algo contra vontade.
Brinquei um pouco, Eu vou para a praia o maridU fica em casa.
Abraço e brisas doces ***
Temos de fazer cedências de parte a parte se não a vida em comum torna-se uma experiência conjugal, no mínimo, estranha.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarColoquei-me no lugar do homem que não gostava de praia.
Eu também não.
Mas vou, para fazer companhia aos filhos e marido e, porque gostam que eu também apanhe sol, mas a minha apele não aprecia;))!!!
Adorei o poema!
Beijinhos,
Emília
Já somos dois.
EliminarUm abraço.