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Escondes-te


Tens uma manta espessa

que te oculta o corpo 

da noite cá fora

nunca pensaste despir-te

da própria noite

porque achaste que ela

não era só tua

como se a ocultação do corpo

se opusesse à fórmula 

que faz nascer o dia no teu dia

afinal

a tua manta espessa é o mesmo

que a rede para os funâmbulos.



 

12 comentários:

  1. Gosto da foto. Poderia dizer que também gosto do poema, mas prefiro ser sincera e dizer que não lhe entendi o sentido.
    Abraço e saúde

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    1. Admiro a sua sinceridade. O sentido, cada leitor poderá encontrar o seu, isso me contenta.
      Saúde, um abraço.

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  2. Poema denso. Encontrar-lhe o sentido é
    tarefa árdua...ou talvez não.
    A coberto da noite tudo pode acontecer.
    Mas também à luz do dia.
    Um abraço
    Olinda

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    1. É também isso a poesia, descoberta, interpretação.
      Um abraço.

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  3. VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":

    Con 40º, que hemos tenido en el día de hoy, no me ocultaría debajo de una manta.
    Un abrazo.

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  4. :) Olá
    Cada vez mais temos a tendência de nos escondermos.
    Seja noite ou dia a tentar manter o parco equilíbrio na corda bamba.
    Gosto muito da fotografia.
    Abraço e brisas doces ****

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    1. É como diz, quando saímos à rua vemos muita coisa de que não gostamos.
      Obrigado.
      Um abraço.

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  5. Boa tarde Luís,
    Um poema que dá que pensar!
    «Uma manta espessa que te oculta o corpo da noite cá fora», verdade, quando por exemplo a insónia nos invade.
    Mas há sempre uma forma de nos libertarmos dessa manta e encarar a luz do dia.
    (Não entendi muito bem).
    Beijinhos,
    Emília

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