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Chove


Deixei de ser prisioneiro

mas perdi-me em Veneza

à boca da memória 

escrevi os caminhos até chegar 

aqui onde me deitaste a mão 

para me encontrar

por cegueira perdi-te de vista

e já é Novembro 

chove em Veneza ___ 

___ agora

e tenho um sulco de vinte anos

na minha liberdade.



 

12 comentários:

  1. Veneza!
    Era capaz de me perder em Veneza.
    E se me trouxessem de volta agarrava-me
    a essa mão sem nunca a perder de vista.
    Um abraço
    Olinda

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    1. Concordo, um maravilhoso lugar para alguém se perder.
      Um abraço.

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  2. En esa bella ciudad, también me gustaría perderme.
    Un abrazo.

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    1. Somos varios los que disfrutamos de esta perdición.
      Un abrazo.

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  3. Teresa Palmira Hoffbauer4 de julho de 2024 às 20:58

    A hora escura da Serenissima

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    1. Escuro e sereno, algo contraditório.

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer4 de julho de 2024 às 22:22

      Veneza é chamada de "la Serenissima" e este poema tem algo de „escuro”

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    3. Certo, mas tem algo de contraditório.

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  4. Rogério V. Pereira4 de julho de 2024 às 22:09

    Mesmo em Veneza
    chuva é água
    que por vezes
    lava a alma
    e
    na verdade
    faz regressar a liberdade

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  5. Quisiera perderme en Venecia...pero con alguna "alerta" muy cerca.Te dejo un abrazo grande!

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    1. A todos nos gustaría perdernos por las calles y canales de Venecia.
      Un abrazo.

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