Foto de Daniel Filipe Rodrigues



A minha oportunidade 


Adiei tudo com indiferença 

os gestos da minha juventude 

o discurso que iria dedicar a alguém

as nuvens que não fotografei

a economia do tempo


nada está como dantes 

tudo mudou 

mas não há diferença em mim

a vida existiu mesmo 

tinha todos à minha espera 


tirei do bolso o papel com o meu discurso

pareceu-me ouvir uma voz 

alguém disse o meu nome

de súbito fiquei às escuras 

numa sala cheia de cadeiras vazias.



 

10 comentários:

  1. Um pesadelo?
    Está bem urdido e poetizado...
    Dias de Agosto amenos e simpáticos.
    Um abraço,.
    ======

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  2. Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz.
    Onde houver ódio, que eu leve o amor.
    Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
    Onde houver discórdia, que eu leve a união.
    Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
    Onde houver erro, que eu leve a verdade.
    Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
    Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
    Onde houver trevas, que eu leve a luz.
    Ó Mestre, fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado.
    compreender, que ser compreendido;
    amar, que ser amado.
    Pois é dando que se recebe.
    É perdoando que se é perdoado.
    E é morrendo que se vive para a vida eterna.

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  3. Provavelmente, uma igreja protestante luterana cheia de cadeiras vazias.

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  4. Todo cambia constantemente, hasta el interior de la persona.
    Feliz fin de semana.

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  5. Boa tarde Luís,
    Um poema magnífico que tenho dificuldade em comentar, porque me suscita várias interpretações.
    Entre elas o pesadelo da solidão.
    Um beijinho.
    Emília

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    1. Esse é o encanto da Poesia, uma e outra interpretação.
      Um abraço.

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