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Caminheiro sem sapatos
Calço os teus sapatos e caminho
eles são à medida da vertigem
de caminheiro inútil
tomaste conta da minha viagem
e trago-te na memória
como uma mochila de pedras
sou já um aposentado dos sentimentos
e sei que não há compaixão
para quem vive de tão curta pensão
darei a volta ao mundo
ao meu mundo cansado
no regresso deixarei à tua porta
os teus sapatos e neles
a primavera de um lugar longínquo
rasgo o mapa da nossa vida
e parto descalço.
Há muita gente de barriga cheia e de nariz empinado, que não calça os sapatos dos outros!
ResponderEliminarBeijos e um bom sábado
Sou do tempo em que nem todos tinham sapatos.
EliminarUm abraço.
E mesmo sem sapatos viajamos pela vida...e damos a volta ao Mundo...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Com os meios de comunicação de que dispomos hoje, pelo menos matamos a curiosidade.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarUm poema muito belo, com metáforas sublimes!
Nenhum caminheiro é inútil! Há sempre algo que o move, nem que seja para alcançar o mundo, descalço.
Beijinhos e bom fim de semana.
Emília
Não há pés que cheguem para tanto caminho.
EliminarUm abraço.
Gosto da fotografia esfumaçada ou seja a sombra bem marcada e nítida
ResponderEliminarTipo a 'dureza da luz' no falar dos fotógrafos .
Um 'aposentado de sentimentos' que faz poesia e deixa a primavera entrrar na nossa
sala, assim na intimidade_ descalço.
Fica bem, amigo
Muito bonito o seu comentário. Fico contente.
EliminarUm abraço.
E mesmo descalços, tantos caminhos se fazem.
ResponderEliminarLembrei aqui a minha avó, que grande parte do tempo andava descalça. Os sapatos eram para a missa ou algum casamento.
Dizia ela que preferia andar com os pés na terra, do que calçada com sapatos de outros a ferrar-lhe os calcanhares :)
Gostei.
Abraço e brisas doces ***
Há momentos em que descalçar os sapatos e andar descalço nos provoca uma sensação de liberdade.
EliminarUm abraço