O alimento do poeta
Digo-te palavras a esmo
para que acredites que sou um poeta
tu dizes
que inutilidade a do poeta
quando confunde
o seu prazer de morrer de contente
no fim de um poema
com o prazer que julga haver nos que
apagam com os olhos as suas palavras
eu digo
como é diferente quando o poema
nasce na boca do poeta e
quando o poema passa a viver
na boca de alguém
mas a boca do poeta
também alimenta o corpo do poeta
este ao terminar o poema
pede um chá preto e um mil-folhas
que é o que está mais de acordo
com o seu estado de espírito
digo-te
nunca mais te darei as minhas palavras
nem a minha boca.
Com escrveu Natália Correia 'Oh subalimentados do sonho! A poesia é para comer'
ResponderEliminarDito isso_ não e atreva a não oferecer o chá e o mil folhas.
meu abraço, L
E comemos muitas palavras incomestiveis.
EliminarUm abraço.
A poesia é para ser saboreada... com ou sem chá... apenas sentir com a alma....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Com a boca da alma sentimos o paladar das palavras.
EliminarUm abraço.
Boa escolha...não dá para inventar mil folhas sem o creme no meio? Haverá sempre quem coma palavras poéticas como se fossem o próprio pão pois são alimento da alma (ou o que quiserem chamar-lhe).
ResponderEliminarUm mil-folhas de poesia, mesmo com creme, não faz mal ao corpo.
EliminarUm abraço.
La poesía cuando es difundida, llega a mucha cantidad de gentes , que a base de leerlos sientes esos versos como si fueran suyos.
ResponderEliminarFeliz fin de semana. Un abrazo.
Es genial para el lector recrear el poema.
EliminarUn abrazo.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarUm poema maravilhoso e saboroso.
Mil folhas o bolo que mais aprecio.
A poesia, tantas vezes incompeendida, acaba por ficar apenas suspensa na boca do poeta que fica a aguardar nem sei o quê.
Talvez o bolo e o chá.
Beijinhos,
Emia
A poesia alimenta a alma mas o poeta tem de alimentar o corpo.
EliminarUm abraço.