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Sobre as minhas mãos 

Desejo que as minhas mãos sejam livres
mas que elas obedeçam 
a todos os desejos do meu cérebro 
que me surpreendam com o resultado 
dos movimentos dos seus dedos
que falem do que o meu cérebro lhes confia
e que mesmo os erros a que dêem execução 
seja o trabalho dedicado
do que lhes foi encomendado 
sem consideração 
por equilíbrio 
por certeza
por contenção 
todos os conceitos lhes serão estranhos 
as mãos não são para pensar
espero a sua dedicação e fidelidade.

 



12 comentários:

  1. Bom dia Luís,
    Um poema magnífico!
    As mãos são obreiras do nosso cérebro!
    Falam, dançam, acariciam, fazem poesia.
    Beijinhos e bom domingo.
    Emília

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    1. As mãos são a extensão do pensamento até quando se fala.
      Um abraço.

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  2. As mãos falam, discutem, sonham...Escondem-nos, abraçam-nos e dançam connosco...
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. Las manos ejecutan la acción de los pensamientos.
    Que tengas un gran día.

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  4. Teresa Palmira HOFFBAUER6 de outubro de 2024 às 14:13

    Quando leio „MÃOS“ recordo „As Mãos Sujas“, a peça mais célebre de Jean-Paul Sartre.
    Que as mãos cumpram a sua missão em liberdade e limpas.

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    1. Assim seja, se possível, com as mãos limpas.

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    2. Quando falas assim das tuas mãos
      até parece que te inspiras nas minhas

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