Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Estamos todos no caisna hora que nos restade uma tarde nimbada de saudadefalaremos dos que ficarame das nossas dúvidas sobrea saúde dos que não quiseram virfalaremos das suas casasdas suas searase do vento que as ondulafalaremos dos filhosestrangeiros noutras terrasna facilidade do seu cantocujo som nos chega retardadofalaremos emsacrifícioabdicaçãoabandonodesencantoe em tudo o que nos trouxe ao caisaqui ficaremos sentadossobre o resto do que nos restaaté o bolor dar cor à nossa bagageme significado à nossa esperaassim nos salvaremos da eternidadee na última hora vibraremosnuma ruidosa espera profana.
Falaremos dos que nos aguardam...
ResponderEliminarFalaremos de uma espera e de um cais...
Pode haver silêncio no que nos resta?
Com o tempo vamos perdendo palavras...
Esgotaram-se na espera.
Esperamos os que nunca chegam.
EliminarChegam!
ResponderEliminarNaturalmente que chegam...
Tarde.
Por vezes basta fazer uma cruz num calendário, com dia e a hora...
Local?
Bem... Para quem espera, o local nunca será uma dúvida!
A construção poética em desenvolvimento.
EliminarReparei na continuidade da construção poética entre si e o Anónimo/a , L. . mas que aqui me apraz deixar gravado é que há muito que venho reparando no seu inegável crescimento enquanto poeta. E sinto-me feliz por isso, apesar de não ser uma voz com qualquer peso no meio literário que continua na posse de elites, embora possa parecer que não.
ResponderEliminarUm forte abraço, L.
É um gosto receber uma apreciação assim e vinda de si tem o especial valor de uma entendida. Estou de acordo com as suas considerações sobre o meio, artístico em geral. É preciso estar nos lugares certos e conhecer as pessoas certas. Ah, e fazer concessões.
EliminarUm abraço.
Concordo, mas
Eliminardesconforta-me e desespero da espera
e mais
resisto a fazer concessões
Sim, ninguém gosta de esperar. Concessões... todos fazemos, por vezes sem repararmos nisso.
EliminarAcabamos por falar de tudo e de todos... dos que ficam em silêncio, escondidos e parecem que nada têm a dizer... dos que falam de tudo e nada dizem... e sim, dos que nunca chegam... porque já partiram...
ResponderEliminarBelo...
Beijos e abraços
Marta
Falar, por agora é o que podemos fazer, vamos lá ver o futuro.
EliminarUm abraço.
Boa noite Luis,
ResponderEliminarUm poema de que gostei muito.
Estamos todos num cais, em qualquer parte, à espera de alguém que queremos abraçar.
Somos todos filhos do mundo em completa mutação.
Beijinhos e bom domingo.
Emília
Estamos juntos sentados sobre a nossa bagagem... esperamos.
EliminarUm abraço.