Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Estamos todos no caisna hora que nos restade uma tarde nimbada de saudadefalaremos dos que ficarame das nossas dúvidas sobrea saúde dos que não quiseram virfalaremos das suas casasdas suas searase do vento que as ondulafalaremos dos filhosestrangeiros noutras terrasna facilidade do seu cantocujo som nos chega retardadofalaremos emsacrifícioabdicaçãoabandonodesencantoe em tudo o que nos trouxe ao caisaqui ficaremos sentadossobre o resto do que nos restaaté o bolor dar cor à nossa bagageme significado à nossa esperaassim nos salvaremos da eternidadee na última hora vibraremosnuma ruidosa espera profana.
Falaremos dos que nos aguardam...
ResponderEliminarFalaremos de uma espera e de um cais...
Pode haver silêncio no que nos resta?
Com o tempo vamos perdendo palavras...
Esgotaram-se na espera.
Esperamos os que nunca chegam.
EliminarChegam!
ResponderEliminarNaturalmente que chegam...
Tarde.
Por vezes basta fazer uma cruz num calendário, com dia e a hora...
Local?
Bem... Para quem espera, o local nunca será uma dúvida!
A construção poética em desenvolvimento.
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