Foto de Daniel Filipe Rodrigues 



Torna-te firme minha amarra
para que me salves 
não quero morrer no mar
não quero morrer na terra
pior do que tudo
é se morrer na tua memória
torna-te firme minha amarra
que tenho no casco
uma brecha fatal
amarra-me no teu cais 
e toma para ti
o meu último suspiro
que me afundo.



 

10 comentários:

  1. Mas morre-se... se bem que nunca na memória de que nos amou....
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  2. Senti um profundo arrepio ao ler este belo poema.
    Ter algo que nos sustém e a que nós possamos
    recorrer é simplesmente belo.
    Dizer as palavras certas e colocá-lo num texto
    para os outros lerem é sublime.
    Um abraço
    Olinda

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Precisamos de algo que nos prenda a um lugar firme, todos precisamos.
      Um abraço.

      Eliminar
  3. Felizes os que têm uma amarra a mantê-los à tona da vida.
    Beijo Luis. Boa semana.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Digo o mesmo, corremos o risco de afogamento nas vagas da vida.
      Boa semana.
      Um abraço

      Eliminar
  4. Quanto mais sentimos a proximidade do naufrágio - que para todos virá um dia - , mais fortemente abraçamos a/s nossa/s amarra/s...

    Um forte abraço, L.

    ResponderEliminar
  5. morrer será inevitãvel, mas enquanto tivermos as amarras vamos vivendo,
    eu queria era que depois da morte
    ficasse a memória de mim...
    :(

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Enquanto existirem os que nos conheceram, seremos lembrados, mas depois...

      Eliminar