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Ponderados os prós e os contras
decido ficar sentado à sombra
da nespereira do meu quintal
da cidade da minha infância 
tudo numa fotografia antiga

ponderados os prós e os contras
decido ficar sentado na minha infância 
numa sombra da cidade onde ficava
a nespereira do meu quintal
tudo numa ideia antiga

ponderados os prós e os contras
decido não esquecer aquele momento
da minha infância no quintal da casa 
da nespereira na minha cidade 
tudo num momento antigo

se eu pudesse ___ agora
pedia que me levassem ao quintal
da minha cidade para abraçar 
a nespereira da minha infância 
à sombra do meu passado

ponderados os prós e os contras
decido ficar entre a nostalgia
e a loucura da minha infância 
numa foto antiga preparando-me
para nascer outra vez.


 


12 comentários:

  1. Embora adore a tua imagem , não consigo entender o teu poema o que te peço desculpa!
    Abraço e um bom sábado

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    1. Nada a desculpar. Acontece com todos nós não nos identificarmos com um texto, uma ideia, uma música, etc.
      Bom fim de semana.
      Um abraço.

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  2. Poema brilhante!!! Essa criatividade não tem fim..... Como invejo essa tua capacidade de brincar com as palavras misturando sentimentos. Parabéns!!!

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    1. Saúdo este seu primeiro comentário tão positivo. O autor sente-se recompensado do seu labor poético.
      Obrigado.

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  3. Tão bom termos uma nespereira e um quintal na nossa infância, eu tenho uma mangueira. Sem prós nem contras, apenas os meninos que ficaram dentro de nós.

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    1. E lá continuam a viver o seu passado infantil de recordações.
      Um abraço.

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  4. Tão bom recordar algo ainda tão vivo
    Para o Poeta tudo é possível
    A Poesia resiste...

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    1. A poesia resiste mas não nos defende da violência instalada no mundo.

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  5. Luiz Gomes deixou um novo comentário na mensagem "":

    Boa tarde de sábado, com muita paz e saúde. Essa sua última resposta, acho que é o diferencial. Poesia não nos protege da violência e em.escala mundial. Grande abraço do Luiz, do Atlântico Sul.

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    1. No tempo presente a violência cresce e a poesia diminui. Mas o mundo há-de mudar... não sabemos é o custo dessa mudança.
      Um abraço do Luís daqui do outro lado do mar.

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  6. Teresa Palmira HOFFBAUER9 de novembro de 2024 às 18:28

    Tudo tem prós e contras e a escolha é sempre NOSSA.
    O poeta fica entre a nostalgia e a loucura da infância.

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