Chego a casasento-me no meu cadeirão do costumeacendo duas velasponho a tocar um trecho de saxemeio jazz meio baladaestá friocubro os joelhos com uma mantaverde padrão tipo escocêspego num álbum de fotografiasque está na mesa ao meu ladoe folheio-oPai muito direito a fumarMãe a rir despenteada pelo ventoeu pequeno no campo sobre um burroas minhas irmãs com chapéus de palhapequenas e iguaiso nosso gato cinzento a dormirtodos ___ sempre todosno quintal da nossa casadepois no terraço da outra casaou na praia à sombra dos barcos dos pescadoresdaqueles com um bico apontado para o céunós pequenose maiorese ainda maioresdepois ___ várias folhas sem nadano fim do álbumum pequeno ramo de folhas secasuma relíquia do casamento dos meus paistodos chegaram ao fima música chegou ao fimsopro a chama das velasapago a luze adormeço ali mesmocom o passado ao colo.
Essa tal nostalgia _ guardada em detalhes e solta no poema.
ResponderEliminarGosto disso L , suas reminicências ... quase um lamento .
'No fim do álbum , ' folhas sem nada.' ... É ssim que sempre termina.( com o passado no colo).
abraço de boa noite e saúde .