O sacerdote levantou a mão direitae disseo Senhor esteja convoscoos crentes baixaram a cabeçae disserame contigo tambémfindo o ofíciotodos abandonaram o temploera dia de feirahavia vozes e músicao chão parecia bailaras vozes já eram gritoso rumor da terra paroua poeira filtrou o solna pequena aldeiaestiveram com o Senhorvinte e três homensdez mulheresquatro criançaso templo permaneceu intactoe protegeu o sacerdote.
A Terra a queixar-se das maldades dos homens? A impor a sua vontade...de forma violenta....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
O universo rege-se pelas suas próprias leis.
EliminarUm abraço
Um dia de domingo dia de missa.
ResponderEliminaro Religioso com o profano
depois da missa a feira...
e tudo cumpriu o seu dever ....
saúde!
Inevitável a voz da Terra no momento imprevisível.
EliminarUm abraço.
Bom dia
ResponderEliminarE o Senhor está sempre connosco,
JR
Bom dia
EliminarAssim seja.
Um abraço.
Tanta agresiones al medio ambiente, que ya la tierra se rebela.
ResponderEliminarUn abrazo.
La Tierra está enojada con nosotros.
ResponderEliminarUn abrazo.
"o templo permaneceu intacto
ResponderEliminare protegeu o sacerdote"
Difícil para mim encontrar a conexão...
A Terra rebela-se e encontra forma de
mostrar o que a tem ofendido nas
suas entranhas e generosidade?
E a enumeração precisa de quem estava
no templo? Dá-me que pensar...
Abraço
Olinda
O que diz no fim do seu comentário é importante "Dá-me que pensar..." esse é um dos objectivos do autor.
EliminarUm abraço.
Pois a força da Terra, em seu abraço profundo,
ResponderEliminarÉ um lembrete eterno do nosso lugar no mundo.
Que possamos ouvir, a sua justificação
Pela maldade e injustiça de preservar a igreja e o sacerdote.
Perante as leis da natureza ninguém nos salvará.
EliminarA força da terra não preserva ninguém.
EliminarDaí, eu quer uma justificação do poeta.
O que eu disse antes deste seu novo comentário é a essência do meu escrito. O autor não justifica, o autor deixa a ideia para que o leitor se aproprie dela como bem entender.
EliminarÉ realmente absurdo exigir justificações da POESIA.
EliminarComo também é absurda a minha indignação com a salvação do sacerdote e que a igreja ficasse intacta.
👍
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor e Fotógrafo
ResponderEliminarO poema começa com um momento solene e ritualístico, a missa. Há uma separação nítida entre o sagrado e o profano: dentro do templo, um ambiente ordenado, estruturado; fora, a vida fervilha em caos crescente.
O momento religioso parece ser breve e mecânico— quase automático— com os fiéis respondendo ao sacerdote num ritual já tão habitual que carece de verdadeira entrega espiritual. Depois, ao saírem, encontram uma realidade que cresce em intensidade: feira, vozes, música, gritos, até que tudo parece parar num instante suspenso no ar, marcado pela poeira filtrando o sol.
O que me intrigou (e intriga, pois deixo no ar muitas questões) neste Poema é o Enigma dos Números. A listagem precisa de pessoas presentes na igreja quebra o tom poético e sugere um registro factual. Mas por quê? O que significa o número?
23 homens, 10 mulheres, 4 crianças.
A desproporção entre os grupos é curiosa. Poucas mulheres e crianças, talvez um indicativo de um mundo tradicionalmente dominado por homens? Ou uma alusão a uma comunidade envelhecida, onde há menos crianças?
O detalhe de que o templo “permaneceu intacto” e “protegeu o sacerdote” sugere que, lá fora, algo ameaçador aconteceu. Mas o quê?
Possíveis Leituras
Um ritual mecânico, uma fé vazia?
A missa ocorre, as pessoas seguem os gestos, mas assim que saem, o mundo continua seu curso. No fim, o sacerdote fica protegido, mas e os fiéis? Foram absorvidos pela confusão do mundo? Há aqui uma crítica à religião como algo que não alcança de fato a vida quotidiana
Uma tensão entre o divino e o profano?
O templo resiste, enquanto o exterior parece caótico. Há um contraste entre ordem e desordem, protecção e vulnerabilidade. Mas por que só o sacerdote fica protegido?
Um evento traumático sugerido? A forma como o “rumor da terra parou” e a “poeira filtrou o sol” dá a sensação de algo abrupto, uma suspensão no tempo, como se um evento grave tivesse acontecido. Mas o poema não o nomeia. Poderia ser um massacre, um ataque, algo invisível mas devastador? A listagem de pessoas lembra um inventário de sobreviventes ou vítimas.
Até pode ser uma reflexão sobre aqueles que buscam refúgio no divino enquanto o mundo lá fora se desintegra. Ou talvez esteja simplesmente a explorar a ironia de um templo intacto enquanto a aldeia se dissolve na poeira.
Fico-me com várias interpretações, mas talvez a ideia do Autor seja mesmo essa.
Deixar o leitor a pensar…e pensar…
Boa semana.
Cumprimentos Poéticos
:)
Interessantíssimo o seu comentário. Bem interpretado mas com dúvidas, exactamente as mesmas que o autor levanta no seu texto. O número de pessoas que, preciso agora, morreram num sismo, não tem qualquer significado ou relevância para a interpretação do texto.
EliminarSim, é um objectivo deixar o leitor a pensar.
Muito Obrigado.
Um abraço.
Disse este poema
ResponderEliminara Francisco
e ele converteu-o em oração
Oremos então!!!
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