Acalmo o meu coraçãofalo com ele serenamentesobre o seu sustoquando bate fortedigo-lhe que eué que sou o coração delee que ele bateráaté eu quererele diz queeu sou apenas a CORe ele é a AÇÃOe isso é que o assusta
digo ao meu coraçãovamos descansar juntose apago a luz.
O poema transmite uma linda metáfora sobre a relação entre emoções e a serenidade interior. A conversa entre o eu lírico e o coração reflete um desejo de harmonia e compreensão, mostrando como é importante cuidar dos nossos sentimentos e encontrar momentos de paz. É uma forma poética de lidar com o medo e a ansiedade.
ResponderEliminarMuito interessante esta sua interpretação do texto de hoje. Assim é, de tal modo, que reli com atenção o que eu próprio escrevi e uma nova compreensão se me apresentou. Adicionou valor à publicação de hoje.
EliminarMuito Obrigado.
" O “Cor Ação” tem a missão de acolher e transformar vidas, sendo um ambiente de segurança para que crianças, adolescentes e famílias possam se desenvolver... ( Projeto CorAção ) "
ResponderEliminarComo quando batem batem na porta e nos pregam um susto, porque estamos com quem não devíamos estar... Enfim... ( mas não digo... porque o poeta entende...)
O meu texto nada tem a ver com projecto que refere. Quanto à segunda parte do seu comentário, todas as interpretações são possíveis, não consigo, por isso, entender o significado.
EliminarAs conversas secretas com o coração... que nos conhece verdadeiramente...às vezes, só ele sabe e compreende a razão das nossas angústias....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
O nosso coração marca o compasso da nossa vida.
EliminarUm abraço.
Gostei muito deste teu poema, porque o coração é que tem um comando com o on/off temos que estar atentos aos picos das emoções e sabermos os seus limites!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
É verdade, que ele não se desligue, é o que desejamos.
EliminarBom dia.
Um abraço.
Fiquei a ler e a reler o seu poema.
ResponderEliminarInteressante essa divisão de tarefas.
Mandar no coração é deveras trabalhoso.
Um abraço
Olinda
E ele raramente obedece.
EliminarUm abraço.
Caro Amigo
ResponderEliminarli algumas vezes o poema e percebi o jogo de palavras que dele emana, mas este tema do coração afasta-me sempre do jogo de palavras e transporta-me para a realidade (nem sempre agradável é verdade).
Deixo-lhe um abraço
Há sempre um elo que liga a ficção à realidade... possível.
EliminarUm abraço também para si.
Boa tarde, caro Amigo Poeta/Pintor
ResponderEliminarA minha análise a este Poema, tão belo é a seguinte, que ressalvo já, é apenas a minha interpretação que pode ter falhas.
O texto apresenta um diálogo introspectivo entre o eu poético e o próprio coração, explorando a relação entre emoção, controle e identidade. Há uma personificação clara do coração, que assume uma voz própria e um papel activo na narrativa.
Na sua estrutura e ritmo. O poema tem versos curtos e livres, o que contribui para um tom íntimo e reflexivo. A cadência pausada, quase sussurrada, fortalece a sensação de um diálogo interno, de alguém que busca acalmar-se. O uso da repetição da palavra “coração” reforça a ideia de que essa conversa não é apenas simbólica, mas visceral. Há aqui uma oposição entre Eu e Coração.
O eu lírico tenta afirmar domínio sobre o próprio coração, dizendo que ele “baterá até eu querer”. No entanto, o coração responde com um jogo de palavras intrigante:
"eu sou apenas a COR e ele é a AÇÃO"
Aqui há um jogo semântico entre “COR” e “AÇÃO”, desmontando a segurança do eu poético. Essa dualidade sugere que o coração age por impulso, enquanto o eu lírico se percebe como mero observador da intensidade dos próprios sentimentos.
Na última estrofe, a tentativa de pacificação se concretiza:
"vamos descansar juntos / e apago a luz."
Essa metáfora do apagar a luz pode sugerir o repouso físico (o sono), mas também pode evocar um desejo de desligamento da consciência, de um abandono temporário das inquietações internas.
Como interpretação geral
O poema reflecte sobre ansiedade, autocontrole e a inevitável autonomia do próprio corpo. A voz do coração não se submete inteiramente à vontade do eu lírico, e esse embate é o cerne do poema. É como se o coração fosse um reflexo das emoções inconscientes que não podem ser domadas apenas pela razão.
No fundo, o poema transmite uma espécie de trégua entre a mente e o corpo, culminando num descanso simbólico e necessário.
Resto de boa semana, com inspiração e saúde.
Abraço
:)
Maravilhoso o seu texto. Como sempre, fico suspenso das palavras com que descreve o que o texto lhe apresenta. Todas as interpretações são boas e animam o autor. Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
Elogio e aplaudo a criatividade.
ResponderEliminarDias bons e inspirados.
Abraço
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Os/As simpáticos/as leitores/as estimulam o autor.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço
Fez-me lembrar "Vai onde te leva o coração" de Susanna Tamaro. Já lá vão uns bons anos...a princípio rejeitei um bocadinho, o título parecia ser algo de autoajuda, literatura que não aprecio...mas depois até gostei. E ensinou-me que às vezes é bom nos deixarmos levar por ele...
ResponderEliminarO coração é quem manda, muitas vezes abusamos dele.
EliminarUm abraço.