Da série Poemas da minha infância 


Malmequeres 

Desfolho malmequeres 
pela menina do segundo andar
tudo fica confuso
gosta de mim umas vezes
não gosta de mim outras vezes
a minha mãe é que não gosta 
que eu acabe com os malmequeres

     assim não há amor que resista! 
diz ela. 




 

15 comentários:

  1. O poema reflete a confusão e a incerteza dos sentimentos em relação ao amor. A metáfora dos „malmequeres“ é muito interessante, pois simboliza a dúvida e a instabilidade nas relações amorosas. A ideia de que a mãe não aprova que o filho desfolhe os malmequeres diz-nos que, muitas vezes, as opiniões e preocupações dos outros influenciam as nossas decisões emocionais. É uma forma poética de expressar como o amor é complicado e como as expectativas afectam os nossos sentimentos.
    ADORO MALMEQUERES.

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    1. Comentário muito interessante. O autor descobre o que os seus escritos revelam, o que está para além das palavras simples.

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  2. O Amor é cheio de contradições... e pode ser tão frágil como a flor... mas renasce... com outros valores, outras expectativas...
    Mas temos que o viver... com paixão...
    Beijos e abraços

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  3. Tão bonito e lembrei-me do meu grupo mais na adolescências. Três rapazes vinham ter comigo cada um com o seu malmequer para jogar ao ringue e ou à bola ou até irmos ao molho dos pneus arranjar rolamentos. Três melgas punham-se à minha frente com essa lenga-lenga :))) Adoro malmequeres que na minha terra até brotavam do nada e em sítios inacreditáveis!
    Adorei vir aqui!
    Beijos e um bom domingo!

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  4. São uns indecisos, os malmequeres, L., não se pode confiar neles...

    Gostei muito da florida fotografia e deste seu poema da série "poemas da minha infância". Nunca desfolhei malmequeres mas, se o tivesse feito, tenho a certeza de que a minha mãe também não gostaria.

    Um abraço!

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    1. Malmequer, uma flor muito popular e que floresce em qualquer quintal... quando os havia.
      Um abraço.

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  5. a simplicidade da infância
    e dos malmequeres...

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    1. Uma certa ingenuidade, como queimar uma alcachofra nos santos populares ... se calhar já não há disto.

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  6. Gostei do final. Fez-me sorrir!
    Também tinha esse hábito... Mas como eram malmequeres do campo, a minha Mãe nunca descobriu...
    Sorte a minha!
    Adoro malmequeres.

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    1. É bonito chegar à conclusão que muitos de nós viveram esses momentos de inocência.

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  7. gosto de malmequeres e da sua simplicidade
    lembram-me a infância
    era feliz e nem sabia...
    deixo um abraço
    :)

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