Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM



Não tenho ilusões 
não tenho tempo para novas flores
o treino da vida torna-nos hábeis 
aprendi
a respirar com uma narina de cada vez
a pulsar o coração com partes alternadas
a que a mão esquerda ignore o que a direita faz
a que ouça com um ouvido o que o outro esquece

a todos pareço já imperfeito
mas é assim
neste que eu sou
há um outro que eu sou. 


 


12 comentários:

  1. A ideia de aprender a viver com as imperfeições e a dualidade de nossas experiências é muito poderosa. A metáfora de respirar com uma narina de cada vez e de fazer com que as partes do corpo trabalhem de forma independente sugere um processo de autoconhecimento e aceitação. Apesar das nossas falhas, há sempre um outro lado de nós que merece ser explorado e compreendido. É uma jornada de auto-descoberta que todos nós enfrentamos.

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    1. Depois de ler os comentários que analisam os seus escritos o autor surpreende-se com o significado do que escreve. Cumpre-me agradecer as revelações que me tornam uma pessoa contente.

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  2. Bom dia Luís,
    Belíssimo poema.
    Aprende-se a viver sem pressa.
    Beijinhos e bom domingo.
    Emília

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    1. Aprende-se mas nunca se aprende o suficiente.
      Bom domingo.
      Um abraço.

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  3. Aprende-se a "ouvir" verdadeiramente... a respirar...
    Nem sempre se consegue... mas há momentos em que todo o corpo, inclusive a mente, sente que chegou ao topo do Mundo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  4. Muito bem, todos nós somos imperfeitos!
    .
    Soltam-se as Máscaras...
    Beijos. Excelente fim de semana, de Carnaval.

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  5. ainda bem que é imperfeito.
    gente perfeita não cabe no meu chapéu de chuva
    Abraço daqui

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    1. Gente perfeita talvez seja pouco interessante.
      Um abraço daqui.

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