Largo os pés cada manhã
nas lajes que cobrem a terra
dou de comer ao cão da noite
entre café e pão de ontem
acerto as pálpebras pelos toques
do sino do culto da aldeia
reparto o meu oxigénio com um cigarro
sento sobre a minha ferida
mais um dia que começa
é linda a velhice
tudo ganha uma significação única
como se tudo fosse irrepetível
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