Foto de Ana Luís Rodrigues


 O amor é um país longínquo e estranho
exuberante e irreal
com um exigente nível de vida
sem cuidados paliativos para o desgosto
autoritário para poder governar 
frio nas separações ___ violento até 

o amor é um país longínquo e estranho
de onde viemos
e onde não regressaremos. 



16 comentários:

  1. Ou regressamos mas fechados, exilados em nós próprios...com medos e perguntas inexplicáveis...quando tudo devia ser leve e não sangrento...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Depois de muito tempo de experiência essa é a alternativa.
      Um abraço.

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  2. Segundo a minha leitura, este é o tal amor longínquo a que nunca regressei e estou seguríssima de não voltar a regressar. Essa emigração salvou-me a vida, varreu-me os medos e abriu-me novas janelas para o mundo, embora o percurso inicial fosse espantosamente duro. O país morreu mas o amor continua vivo deste meu lado, onde sempre esteve . É duro viver um grande amor unilateral.

    Um abraço, L.

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    1. Aproveito tudo deste seu comentário. A experiência é fundamental.
      Um abraço.

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  3. Diria que o peso da desilusão é o mais forte impedimento mas que o desejo de voltar a esse país nunca morre até nós morrermos.

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  4. Belo poema que descreve o amor como um país distante e misterioso, cheio de contrastes — exuberante, irreal, exigente, frio e até violento às vezes. Expressa a ideia de que o amor é algo que vem de um lugar distante, de onde todos nós viemos, mas para o qual talvez nunca regressaremos.

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    1. Perfeito comentário. Não regressaremos... salvo casos excepcionais.

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  5. Como não regressar? E essa poesia diária ?
    _o amor está em nós permanentemente e se apresenta de vários formatos.
    Deixemos a amor frio e violento e cultivemos o amor mesmo que seja a sós...
    beijinho e boa semana. com amor.

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    1. Sim, amarmo-nos a nós próprios como se amassemos o mundo todo sozinhos.
      Um abraço.

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  6. Caro Amigo Poeta/Pintor
    Um poema breve e intenso, que mergulha nas contradições do amor com lucidez e desassombro. A imagem do amor como um país longínquo e estranho traduz, com notável originalidade, a distância entre o ideal e a experiência. Há uma melancolia contida, quase filosófica, nesse registo que não nega a beleza, mas também não esconde a dor, como se o poeta nos oferecesse um passaporte poético para uma terra que já habitámos, mas da qual fomos irrevogavelmente exilados.
    A foto da filha está fabulosa e muito em sintonia com o trabalho poético.
    Bom Domingo
    :)

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    1. Belo comentário. Assim é, encontramos o amor mas, mais tarde ou mais cedo, ou partimos ou alguém parte e não voltaremos a encontrar-nos.
      Um abraço.

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  7. Boa tarde Luís,
    Um poema intenso, forte, que faz refletir no amor como um todo, onde cabem todas as injustiças, amarguras, violências, mas também momentos de prazer e loucura.
    Beijinhos e bom domingo.
    Emília

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  8. Supongo que al principio es duro adaptarse por el cambio de costumbre y el desconocimiento de una nueva lengua.
    Que tengas una buena semana.

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    1. El amor es un idioma que nunca aprendemos a hablar, aprendemos unos de otros y luego nos vamos a otro lugar.
      Un abrazo.

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