Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Quando eu era rapaz no tempoda inconsciência e dos cabelos revoltosgostava de me sentar à beira do rioque passava lá em baixo ao pé da nossa casacom os pés dentro de água lançavamiolos de pão acreditando que os peixesos viriam buscar ___ e vinhamouvia lá em cima os risos das minhas irmãscom o latido do Faísca brincandoe pensavaque bom era ser Verão e estar de fériashoje passei nesse lugar para me devolveraos sons e aos sentidosda minha infância harmoniosao rio ocupado e imperfeito já não é o mesmohomens dentro dele tentam caçar os peixessem lhes darem miolos de pão pacificamentemultidões banham-se aos gritosimpondo às águas os seus corpos dementesjá não ouço as vozes das minhas irmãse o Faísca desapareceu há muitos anosou o levaramou ele partiu desencantado com as rotinasregresso e faço caminho pela casa abandonadaentro no meu carro e faço o poemadepois parto para o fim do Verãopara o fim do Outonopara o fim do Invernopara o fim da Primavera.
En tus letras he podido sentir tu melancolía y también tu emoción al encontrarte nuevamente en aquel paraíso que disfrutaste en tus años primeros y que hoy ya no es el mismo que ayer fue.
ResponderEliminarPude percibir tu nostalgia por aquella infancia feliz, llena de risas compartidas con tus hermanas, esas sanas travesuras que envolvieron tu niñez y el disfrute junto a “spark” tu gran amigo.
Todo quedó atrás, hoy tus recuerdos son las reliquias de un pasado que ya no ha de volver … luego tu texto me hace estallar el pensamiento y me pregunto si quizás ese mismo río al verte hoy, tampoco te pudo reconocer.
Pero luego de leerte y releerte me respondo… ¡Claro que sí, ese río te reconoció! … pues tus renglones están cargados de esa nobleza de espíritu que desde niño tuviste y que jamás has de perder, por ello escribes como lo haces… con el corazón en la mano, con transparencia, disfrutándolo y transmitiendo tu sentir hasta hacer que tus lectores (como yo) vuelen con la imaginación y se ubiquen con la cabeza y el corazón en ese tiempo-espacio que tu talento, creatividad y sentimiento supo elegir.
Autor… ¡Gracias por tan bella lectura!
Mi amable Juan Carlos, me conmovió mucho tu hermoso comentario. Todo lo que me escribiste me hizo sentir mucha nostalgia, tu texto también es un poema. Aprecio la referencia a la posibilidad de que el río me haya reconocido, los solitarios anhelan escuchar una palabra de reconocimiento.
EliminarAgradezco este primer comentario tuyo y cuento contigo como un estimado lector que, al fin y al cabo, justifica mi trabajo en búsqueda de la belleza.
Un cálido abrazo.
Memórias de um paraíso simples e feliz...tudo muda, apenas voamos nessas memórias, nas sensações..
ResponderEliminarPode ser o fim de tudo, de uma era, mas inesquecível, pois vive no passado de alguém....
Beijos e abraços
Marta
O passado é onde nos deitamos cansados de viver tanto.
EliminarUm abraço.
Encantei-me com esse seu poema.
ResponderEliminarAlías, encanto-me sempre. Senti
o passar do tempo, a simplicidade
das coisas simples. Um paraíso
perdido.
Abraço
Olinda
O que se passou de belo na nossa vida só mais tarde apreciamos devidamente e a saudade leva-nos aos lugares onde a beleza mora. Nem sempre é possível ou, a beleza já não mora lá.
EliminarUm abraço.
memórias que ficam.
ResponderEliminartudo mudou.
nós mudamos.
abraço
Nós mudamos e pouco se conserva.
EliminarEste seu poema transportou-me ao meu passado, numa viagem paralela à sua, que os campos eram outros e outras eram as águas, a irmã e a cadela a que aminha mãe deu o nome de Paloma... quando retorno, tento pousar sempre no recomeço de uma estação. De preferência, a Primavera.
ResponderEliminarUm forte abraço, L.
Afinal, memórias comuns a muitos de nós que, noutros tempos, eram parecidas.
EliminarUm abraço.
Depois de ler estas tuas memórias eu viagei até á Lagoa do Panguila da minha terra vermelha onde fazia o mesmo com o meu grupo. Hoje pela certa já não deve existir!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Aqui ou lá longe, nós meninos, divertiamo-nos com as mesmas brincadeiras.
EliminarUm abraço.
Leio uma profunda nostalgia pela infância, pelos momentos de paz e simplicidade à beira do rio, e também uma reflexão sobre as mudanças que o tempo traz para os lugares e as pessoas que amamos.
ResponderEliminarA minha querida Alemanha, tão exuberante e verdejante, como a natureza que a fotografia revela com tanta beleza e poesia
Sim, nostalgia da irrealidade da infância.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Poeta/Pintor
EliminarUm poema que respira saudade e nos conduz com delicadeza pela ponte entre a infância e o tempo presente.
A memória aqui não é apenas lembrança, mas lugar de reencontro e de perda, onde até o rio parece ter mudado de alma.
A última estrofe, com o desfilar das estações rumo ao fim, ecoa um silêncio agridoce, como quem parte levando o mundo de dentro.
Um texto tocante na sua simplicidade madura.
Deixo um abraço.
:)
Devo andar sensível pois este seu poema deu-me vontade de chorar...
ResponderEliminarAs suas lágrimas tornam fértil o meu escrito.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Tofos passamos por momentos saudosistas...
ResponderEliminarAs memórias da infância raramente se apagam.
Perpassa pela poesia grande deceção melancólica que nos últimos versos soa como um alheamento pela vida.
Um abraço.
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Só agora sabemos que a infância valeu a pena.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Luís,
ResponderEliminarAs memórias de infância em que me revejo e comovo-me.
Nada é como dantes. Os rios, sem peixes, as pessoas que amei, já não estão.
Um grande vazio e nostalgia envolvem-me. Apenas ouço o silêncio.
Beijinhos,
Emília
É como diz, lembramos o passado com emoção.
EliminarUm abraço.