Há em mim um lado prontoa deixar de viverfaço à morte essa concessãoafinal eu não sabia nada sobre a vidaque ela nos adoece à traiçãosem dar sinais e nos engana sempreao ponto de por tanto a amarmosnão acreditarmos na sua traiçãoenquanto os outros vêem tudo em nóstenho em mim um lado prontoa deixar de ter vidahá um coraçãoa batera batera baterno fundo.
Robert Schumann enfrentou momentos de profunda infelicidade ao longo da sua vida. Em 1854, ele tentou tirar a própria vida lançando-se ao rio Reno. Embora tenha sido salvo, a sua saúde mental foi gravemente afectada. Internado em Bonn, ele recebeu cuidados especializados, mas, lamentavelmente, a sua mulher nunca o visitou durante esse período difícil. Morreu sozinho.
ResponderEliminarA música não ofuscou o poema.
Que versos intensos e emocionantes, a força da sua expressão transmite uma profunda dor e reflexão sobre a vida e a morte. A imagem é também muito tocante.
Apreciei a introdução sobre Schumann, os artistas estão destinados ao sofrimento devido à sua extrema sensibilidade.
EliminarMuito me contentou a sua apreciação sobre o que deixei escrito, a vida e a morte sempre um questionamento absorvente.
Um poema pessimista, que deixa pouco lugar à esperamça.
ResponderEliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
São os tempos que vivemos.
EliminarObrigado e um abraço.
A vida é isso: traí-nos sem que saiba verdadeiramente... põe-nos à prova e nem sempre conseguimos superar...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A partir de certa altura estamos sempre alerta.
EliminarUm abraço.
No hay que dejarse vencer por la desesperanza. Ya llegará tiempos mejores. La vida hay que tomarla con optimismo y olvidar los momentos malos del pasado.
ResponderEliminarUn abrazo.
La poesía nos ayuda a soportar las dificultades.
EliminarUn abrazo.
Também eu, embora muito experimentada em encontros e braços-de-ferro com a senhora da gadanha, me comovi profundamente com a leitura deste seu poema, enquanto ouvia o ÀS ESTRELAS, de Schumann...
ResponderEliminarPor enquanto, meu amigo, recuso-me a aceitar que haja um lado de mim preparado para morrer. Ele existe, bem sei, mas não o quero aceitar. Não o aceito enquanto conseguir escrever poesia e a Mistral precisar de constantes cuidados de enfermagem veterinária, por muito ridículo que isto possa parecer-lhe.
Um abraço, L.
Vamos resistindo, ainda há ânimo e curiosidade com o que o futuro nos trás.
EliminarUm abraço.
Emocionante e excelente, amigo Luís.
ResponderEliminarEsteja pronto, mas não se entregue...
É imprescindível resistir.
O meu abraço.
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Ou eu me engano muito ou já estamos a resistir.
EliminarMuito Obrigado pelas simpáticas palavras.
Um abraço.