IA



Tomo um atalho
entre as trevas e o silêncio 
ao longe homens em paraquedas
caem como neve
por sobre os muros vejo
mulheres de regador em punho
obrigando as suas flores a viver
cabras a exibirem as hastes
para os cães funcionários 
homens a carregarem cruzes
com metades de Cristo
pessoas descalças 
a empurrarem os seus velhos

chego ao fim do atalho e encontro
um vasto campo de cogumelos. 



 

10 comentários:

  1. Exactamente para evitar que tal me aconteça
    Sigo
    pelo caminho assinalado
    e
    de cogumelos
    tenho más memórias
    de seus venenos

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  2. Por vezes, os atalhos revelam grandes perigos ... nem sempre somos capazes de os ultrapassar....
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. Raramente uso os atalhos não vá o diabo tecelas e detesto cogumelos mas gosto de os ver no campo! Gostei do post.
    Beijos e um bom dia

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  4. Bom dia Luís,
    Os atalhos nem sempre são caminhos que nos levam a bom termo.
    Os cogumelos é necessário conhecê-los bem.
    Tenho boas memórias de cogumelos brancos que minha avó era perita em os encontrar.
    Beijinhos,
    Emília

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    Respostas
    1. Atalhos só à confiança de os conhecermos.
      Cogumelos... Nunca.
      Um abraço.

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  5. Adoro a aventura de percorrer atalhos desconhecidos.
    Gosto muito de cogumelos, mas evito comer os cogumelos que a minha amiga Waltraud apanha na floresta.
    Amo a POESIA que leio AQUI todos os dias.

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