IA
Uma casacom dia de um lado e noite do outro ladoo medo de no meu corposer dia e noite ao mesmo tempoum choro de criança do outro lado da luzou da sombrae a dúvida no socorroo gato que foge do dia para a noitee da noite para o diao miado ao longeum bater de asas animalpombo ou morcegonão há vestígio de penaspassos de mulher que sai do diaou entra na noiteficou o perfumeuma grande nuvem que suspende o diaou se perde na noitehá-de haver um lugartalvez numa parte do mundo não descobertaem que todas as coisas recomeçamem que no fim do dia recomeça a noitee a seguir recomeça o dianuma sucessão naturalque vem do início dos temposalguém dentro de mim ou eu próprio perguntapor que tem de haver noitea toldar a inocência dos pobres?nada sei sobre a certeza ___ a razãosei apenas que virá o dia da agoniae que tudo acabará do lado da noite.
A eterna questão... quem ou o que marca o fim ou o recomeço de tudo? Tanto o dia como a noite têm os seus próprios segredos e nem todos os desvendam....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Tal como nós, tudo tem um princípio e um fim.
EliminarUm abraço.
A dualidade entre dia e noite, luz e sombra, esperança e medo dá a sensação de que o poeta está dividido entre esses dois mundos, à procura por um lugar onde tudo recomeça, e a dúvida sobre o significado da noite na sua inocência.
ResponderEliminarGeralmente as imagens criadas pela IA são muito acastanhadas.
Desta vez é uma imagem que me agrada.
Quanto mais sabemos mais dúvidas temos.
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarEste poema é um passeio inquieto entre luz e sombra, onde o tempo se dobra e os sentidos se confundem.
O autor constrói uma casa dividida entre o dia e a noite, metáfora delicada e perturbadora da dualidade humana, e convida-nos a atravessar os seus corredores feitos de medo, dúvida e mistério.
Os gestos mínimos ,o miado de um gato, o bater de asas, um perfume esquecido ganham um peso quase existencial.
Há aqui uma escrita que se desvia do caminho habitual, mas prende com a beleza do estranho e a ternura do desconcerto.
No fim, fica a pergunta incómoda: o que fazemos nós com as noites que toldam a inocência?
A imagem ficou muito bem.
Deixo um abraço.
Boa semana com saúde e inspiração.
:)
Sempre interessantes e esclarecedores estes seus comentários. O autor acaba por entender melhor o resultado da sua escrita.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Tentei, tentei, tentei e consegui te seguir. Obrigada, viu!
ResponderEliminarFico contente e agradeço. É bom contar com mais uma leitora.
EliminarUm abraço.
La noche parece eterna si se padece de insomnio.
ResponderEliminarUn abrazo.
Dormimos a trompicones y nos despertamos temprano.
EliminarUn abrazo.
E a noite sempre vem e que tarda a agonia, L
ResponderEliminarGosto do poema que traz mais luz que sombra e é nessa luz que venho te ler , te sentir nos poemas.
Meu abraço, L e achei linda a foto do filho sobre o tem ' sempre um momento e felicidade) Si, é mesmo!
( andei passeando por aqui ...) beijinhos
Saúdo sempre a sua vinda. Os meus leitores/as são a justificação para continuar aqui a publicar.
EliminarUm abraço.