Foto de Daniel Filipe Rodrigues
O tempo teimosoinsiste em ir além da minha vontademesmo quando tomo a tua mãoe o tempo pára para nósele continua célere no meu sanguee grita silenciosamentebatendo nos murosdo meu coraçãodos meus pulmõesdo meu cérebro inconstanteos deuses que ignoramosconduzem o tempomãos anónimas dão de comerà nossa vontadeao desejo assim chamadopelos que fecundaraminventores de céus e montanhasde mares e buracos negrosaqueles que são eternose nos obrigam ao tempo teimosoo tempo desce a escadaouço-lhe os passos ___ é tardetermino o poema.

O tempo! Essa invenção nossa, não fossem as nossas cãs.
ResponderEliminarE os deuses andam a reboque dessa entidade que tudo
quer, tudo exige.
Um abraço
Olinda
O tempo teima em nos consumir.
EliminarUm abraço.
O poema personifica o tempo como obstinado e poderoso, contrapondo desejo humano à passagem implacável do tempo. há tensão entre presença corporal — mãos, sangue, batimento — e impotência diante da sua continuidade. divindades e “inventores de céus” representam forças cósmicas que moldam o tempo, enquanto o eu lírico luta para encontrar controle ou sentido, encerrando com a desistência de término tardio. O tom é melancólico e meditativo, com imagens sensoriais fortes e uma conclusão que sugere a inexorabilidade do tempo.
ResponderEliminarComo um lamento escrevo sobre a persistência do tempo... que não desiste de nos consumir.
EliminarA persistência do tempo… persistente a devorar o poeta.
EliminarUma sensibilidade que beira o extremo.
O tempo pode ser implacável... não dá tréguas....fica apenas o poema....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Vamos mas deixamos obra... insignificante.
EliminarUm abraço.