Sou a face ímpar desta folha
mas sou também a par 
tudo o que digo na ímpar 
de nada sei quando par
mas
certo é que sou uma
e a mesma folha
quando me rasgarem como ímpar 
rasgam-me como par também 

mas
por enquanto sou apenas 
uma folha em branco. 



16 comentários:

  1. Interessante jogo de paradoxo: a folha alterna entre impar | par, criando dualidade e identidade. A imagem da folha em branco sugere potencialidade e silêncio — o eu que pode tornar-se qualquer coisa quando rasgada. A repetição enfatiza transformação e ser ao mesmo tempo unidade e diferença.

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  2. En una pizarra en blanco, se pude escribir muchas cosas.
    Que tengas un excelente día. Un abrazo,

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    1. Una hoja en blanco es una construcción por comenzar.
      Buenos dias.
      Un abrazo.

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  3. E o que se escreve no par pode ser completamente diferente do impar ou a continuação....quando se rasga, termina todo um ciclo de reflexão ou destruição..ou são apenas palavras vazias...
    Beijos e abraços
    Marta

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  4. A página em branco, seja par ou ímpar, está sempre à espera que a usem com palavras.
    Só não espera que a rasguem...
    Boa semana.
    Um abraço.

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  5. Sem me dar conta, esperei que a página se abrisse .
    Li o poema e vi que não abriria rsrs gostamos quando temos uma folha limpinha à frente,
    se ímpar ou par ,'quero-a escrita.
    beijinho, Luís

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  6. Boa tarde Amigo Poeta/Pintor
    Li este poema e fez-me sentir que, por trás da simplicidade da 'folha em branco', há uma reflexão sobre identidade e dualidade.
    A folha é ímpar e par, é uma e a mesma, e ainda assim carrega a possibilidade de ser rasgada.
    Talvez seja sobre como, apesar das diferentes faces que apresentamos, a essência permanece inteira e vulnerável.
    Um poema breve, mas que convida ao silêncio e à contemplação.
    Boa semana com saúde.
    :)

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    1. A sua reflexão é acertada, todos nós temos duas facetas na nossa forma de ser.
      Um abraço.

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  7. um poema, minimalista mas cheio de camadas.
    o que parece simples (uma folha em branco, ímpar e par) é na verdade uma metáfora de identidade, unidade e fragilidade.
    gostei da criatividade...

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  8. Ao olhar esse branco papel
    Apeteceu-me risca-lo
    Risca-lo a esmo
    Como a vida risca sobre mim mesmo
    Deixando-me a alma riscada
    Contive-me a tempo.
    Não digas nada

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