Sou a face ímpar desta folha
mas sou também a par
tudo o que digo na ímpar
de nada sei quando par
mas
certo é que sou uma
e a mesma folha
quando me rasgarem como ímpar
rasgam-me como par também
mas sou também a par
tudo o que digo na ímpar
de nada sei quando par
mas
certo é que sou uma
e a mesma folha
quando me rasgarem como ímpar
rasgam-me como par também
mas
por enquanto sou apenas
uma folha em branco.

Interessante jogo de paradoxo: a folha alterna entre impar | par, criando dualidade e identidade. A imagem da folha em branco sugere potencialidade e silêncio — o eu que pode tornar-se qualquer coisa quando rasgada. A repetição enfatiza transformação e ser ao mesmo tempo unidade e diferença.
ResponderEliminarBem observado, como sempre.
EliminarEn una pizarra en blanco, se pude escribir muchas cosas.
ResponderEliminarQue tengas un excelente día. Un abrazo,
Una hoja en blanco es una construcción por comenzar.
EliminarBuenos dias.
Un abrazo.
E o que se escreve no par pode ser completamente diferente do impar ou a continuação....quando se rasga, termina todo um ciclo de reflexão ou destruição..ou são apenas palavras vazias...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Cartas que se destroem.
EliminarUm abraço.
A página em branco, seja par ou ímpar, está sempre à espera que a usem com palavras.
ResponderEliminarSó não espera que a rasguem...
Boa semana.
Um abraço.
Cedo ou tarde será preenchida.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Sem me dar conta, esperei que a página se abrisse .
ResponderEliminarLi o poema e vi que não abriria rsrs gostamos quando temos uma folha limpinha à frente,
se ímpar ou par ,'quero-a escrita.
beijinho, Luís
A pureza do branco.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Amigo Poeta/Pintor
ResponderEliminarLi este poema e fez-me sentir que, por trás da simplicidade da 'folha em branco', há uma reflexão sobre identidade e dualidade.
A folha é ímpar e par, é uma e a mesma, e ainda assim carrega a possibilidade de ser rasgada.
Talvez seja sobre como, apesar das diferentes faces que apresentamos, a essência permanece inteira e vulnerável.
Um poema breve, mas que convida ao silêncio e à contemplação.
Boa semana com saúde.
:)
A sua reflexão é acertada, todos nós temos duas facetas na nossa forma de ser.
EliminarUm abraço.
ResponderEliminarum poema, minimalista mas cheio de camadas.
o que parece simples (uma folha em branco, ímpar e par) é na verdade uma metáfora de identidade, unidade e fragilidade.
gostei da criatividade...
Sem dúvida, essa é a interpretação.
EliminarUm abraço.
Ao olhar esse branco papel
ResponderEliminarApeteceu-me risca-lo
Risca-lo a esmo
Como a vida risca sobre mim mesmo
Deixando-me a alma riscada
Contive-me a tempo.
Não digas nada
Está bem... não digo nada.
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