Instante sobre instante
a terra e o mar me interpelam
com os seus silêncios e rumores 
não sei que sabedoria me tocou 
que compreendi as ciladas
que o homem monta a si próprio  
 
os deuses morreram
viva o trágico deus homem. 



9 comentários:

  1. Agradezco tu sugerencia. Te entiendo también.
    Muchas gracias.

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  2. Todos lutamos por um lugar ao Sol...uma luta pelo poder infernal.... e no fim.... haverá um vencedor?
    Beijos e abraços
    Marta

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  3. Se o Deus Homem puder ser melhor que os deuses que ele próprio inventou...

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    1. A grande maioria dos homens está a reinventar-se para algo que talvez seja pior. Compete à outra parte dos homens (e mulheres) reinventar-se para criar uma sociedade nova. Só com luta.
      Um abraço.

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  4. A expressão “trágico deus homem” condensa a saga humana: o divino como projeção da humanidade e, ao mesmo tempo, a sua própria maldição. O poeta denuncia o auto-engano e a auto-lesão que decorrem da humana tentativa de controlar tudo. A natureza funciona como espelho que revela a fragilidade e o peso de ser humano, capaz de abandonar a humanidade dos deuses em favor de uma santificada tragédia humana.
    Vejo uma nuance de saga egípcia na pintura.

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    1. Correcta a sua interpretação. O homem não controlará a natureza para sempre.

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  5. Boa tarde Amigo Poeta/Pintor.
    O poema ressoa com intensidade filosófica e existencial.
    Entre o silêncio da terra e o rumor do mar, percebo um apelo à escuta interior e à consciência do trágico destino humano. A imagem do “deus homem” surge poderosa, lembrando-nos tanto a grandeza quanto a vulnerabilidade da nossa condição.
    Um poema breve, mas de uma densidade admirável, que convida à reflexão sobre as armadilhas que nós mesmos construímos.
    A imagem de suporte ficou muito bem.
    Deixo votos de um bom fim-de-semana.
    :)

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    1. O homem não escuta a natureza, os seus ensinamentos e os seus protestos. A natureza vencerá o homem enredado na sua ganância.
      Bom fim de semana.
      Um abraço.

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