Sangue
a vida invisível 
tão puro quanto o dos impuros
dos que derramam o sangue dos puros
os que fazem e pervertem
as suas próprias leis

sangue
a vida invisível 
que multiplicamos sem razão que se conheça 
sangue
que ferve
que congela
que ignora o temor
mas que se escoa célere 
sangue doce que de tão doce
morre antes de nós ___ lentamente

sangue
a vida invisível 
o único atestado que comprova
a nossa possível eternidade.


 


10 comentários:

  1. Um poema denso e rico em imagens, que se lê como uma reflexão sobre vida, sangue, tempo e transitoriedade. As linhas parecem conter uma crítica às leis vigentes e às estruturas de poder que abusam ou distorcem vidas. A conclusão sugere uma espécie de prova ou reconhecimento de uma possível eternidade que trascende o óbvio.

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    1. O seu comentário é esclarecedor sobre o texto de hoje. O nosso sangue é todo igual e pode ser eterno nos que nos sucederem.

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    2. Que o nosso sangue é todo igual e pode ser eterno naqueles que nos seguem é, sem dúvida, a essência do poema.

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    3. Reafirmo que o seu comentário é mais completo do que o meu comentário ao seu comentário.

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  2. A foto condiz com a cor quente como é o sangue , o símbolo da vida.
    O nosso tipo sanguíneo multiplica-se e diz quem és.
    O poema ajuda refletir a importância de aprendermos mais sobre 'esse coração' :))

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  3. O "comandante" da vida...que se pode escoar por entre os dedos...
    Beijos e abraços
    Marta

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  4. Boa noite Poeta,
    Um poema que faz pensar!
    Sangue é vida, mas tanto sangue derramado de inocentes vítimas de guerras e outras atrocidades.
    Beijinhos e bom fim de semana.
    Emília

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    1. O mundo assiste ao derramamento de sangue em vários lugares. Ficará na história do homem.
      Bom fim de semana.
      Um abraço.

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