Imagem tomada do documentário VIDA SELVAGEM 



Na verdade
foi assim que nos fomos afastando
ignorando as leis que regem 
os encontros sentimentais
com a ideia de que todos estamos
a escrever um romance original
segundo as nossas regras

depois dá nisto
fingimos que não percebemos
para podermos continuar 
a trabalhar neste ofício de viver
e isso é possível desde que 
o nosso ventre se mantenha firme. 


 


 

10 comentários:

  1. Wow, those lines are really powerful and kind of sad, about how people drift apart by trying to write their own original novel instead of just following the natural flow of things. It definitely hits on that complicated feeling of pretending things are fine just to keep going with the "craft of living." melodyjacob.com

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. This is the reality for many human beings. Nowadays, marital relationships are managed as if they were businesses seeking stability that generates profit.
      Hugs.

      Eliminar
  2. Fingimos que não percebemos... porque não queremos entender verdadeiramente....o que se passa.... escrevemos o mesmo por outras palavras...
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  3. Concordo que, antes de tudo, temos de nos preocupar com o ofício de viver.
    Desejo muito sucesso para a sua exposição de arte.
    Bom fim de semana.
    Abraço deamizade.
    Juvenal Nunes

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E viver... não é fácil.
      Obrigado pelos seus votos, correu muito bem.
      Um abraço também.

      Eliminar
  4. O ventre, o âmago da questão. o nosso segundo cérebro
    A sua firmeza leva-nos para lugares impensáveis.
    Um abraço
    Olinda

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Meditemos em tudo o que vai acontecendo nas nossas vidas.
      Um abraço.

      Eliminar
  5. Traça uma reflexão sobre distanciamento, leis dos encontros sentimentais e a ideia de criar um romance original segundo regras próprias. O poema sugere uma ironia: fingimos não perceber para continuar a viver, mantendo o “ventre” firme, ou seja, segurando a continuidade da vida ou da relação. O tom mistura vulnerabilidade e cumplicidade, revelando como o espaço entre nós muda quando ignoramos limites e normas para preservar o vínculo. Gostei da imagem do “ofício de viver” como algo consciente, quase profissional, que ainda requer firmeza emocional.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um comentário muito preciso e esclarecido. Concordo com tudo.
      Obrigado

      Eliminar