Foto de Daniel Filipe Rodrigues



Já não tens ocupação 
para o teu tempo livre que agora é todo o tempo
a não ser um bocejo e um ronco
o sono inexplicável 
é a sala onde se espera pelo paraíso. 



2 comentários:

  1. O tempo, antes disciplinado, dobra-se agora em espaço vasto e calmo, onde o vazio se enfeita de silêncio. No repouso forçado, cada bocejo é sopro de um destino que não pertence ao relógio, cada ronco, um acorde tímido no piano da alma. O sono, esse enigma, desce como cortina sobre a sala, preparando a espera pelo paraíso que se aninha entre o quase nada e o tudo que poderia ser. E mesmo sem ocupação, o tempo inteiro se faz varanda para o sonho, onde a paciência é a única orquestra e o silêncio, o guia.

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    1. Este comentário é um poema, ou melhor, este poema é um comentário.

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