Ouço a minha própria voz rouca.
Tomem como quiserem esta fala rouca
a verdade é que tanto faz ter a voz límpida como rouca
se não houver alguém que nos ouça.
Ouço a minha própria voz mergulhada neste silêncio
que abafa a gravidade, a ruína, a memória da minha voz.
Tomem como quiserem esta fala rouca
a que eu chamo um ridículo apelo rouco
de cansaço por não ter mais do que silêncio
e por vergonha de não saber o que fazer.
Por vezes os gritos do silêncio causam-nos uma certa rouquidão, fazendo com que, tantas palavras fiquem por dizer
ResponderEliminarGostei da imagem do pífaro.
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Saudações amigas
Um Sábado feliz
Gostei do efeito da repetição da palavra rouca.
ResponderEliminarDeu sequência ao poema.
Gostei