Porto


Tudo o que tu me disseres
mesmo que seja desagradável 
não afasta o bando de borboletas
que vive no meu jardim. 

Tudo o que tu me disseres
mesmo que com palavras doces
não altera a hora em que
escurece no meu jardim. 

Tudo o que tu me disseres
serão palavras a esmo
quase sons imperceptíveis abafados
pelo galope de cavalos em fuga. 

Tudo o que tu me disseres
eu esquecerei para não te esquecer.



-

14 comentários:

  1. Janita8 de agosto de 2020 às 00:18

    Poema simples, de uma simplicidade quase pueril, mas tão cativante.
    Gosta-se sem fazer esforço.
    A aguarela de cores suaves, toca o coração de quem conhece e já contemplou o Douro, a Ribeira do Porto e o Cais de Gaia, vezes sem conta e nunca se cansa. Parece-me que o autor também nutre um gosto especial por essas paisagens.
    Gostei muito.

    Uma Boa Noite.

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    1. brancas nuvens negras8 de agosto de 2020 às 00:35

      O autor é um visitante frequente do Porto. Muito obrigado pelo comentário que é sempre um prazer ler e de que estou sempre à espera.
      Uma Noite descansada.

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  2. Porventura escrevo8 de agosto de 2020 às 08:43

    "tudo o que tu me disseres
    Serão palavras a ramo"

    Gostei mais desta passagem. Da ao poema um fim apoteótico
    😊

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  3. Maria João Brito de Sousa8 de agosto de 2020 às 10:40

    Todos os seus textos poéticos desaguam num final apoteótico. Creio poder utilizar o termo "todos" mas talvez devesse ter escrito; todos os que me recordo de ter lido. Condizem com os tons ligeiramente carregados das suas aguarelas, de que muito gosto.

    Abraço, L.

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    1. brancas nuvens negras8 de agosto de 2020 às 11:45

      Obrigado pelas suas palavras, é sempre tão amável. Gosto da sua já habitual visita.
      Boa tarde e abraço também.

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  4. " R y k @ r d o "8 de agosto de 2020 às 10:43

    Pronto ok... respeito... calo-me
    .
    Bom fim-de-semana
    Abraço poético

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  5. sinuosa8 de agosto de 2020 às 20:40

    Acho que é normal e é o que interessa, ficar apenas a recordação de um infímo de um todo.
    :)

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    1. brancas nuvens negras8 de agosto de 2020 às 21:15

      Boa Noite,
      Obrigado pela vinda e pelas suas palavras.
      Até logo ou amanhã.

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  6. © Piedade Araújo Sol (Pity)9 de agosto de 2020 às 20:44

    Um poema em desassossego mas que fecha com chave de ouro.
    Está tudo resumido ndas duas últimas estrofes.
    Gostei deveras.
    A aguarela muito bela!
    :)

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    1. brancas nuvens negras10 de agosto de 2020 às 15:25

      Muito obrigado pelos seus sempre simpáticos comentários.
      Gosto da sua visita.

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  7. ematejoca 13 de agosto de 2020 às 00:23

    A pintura da cidade invicta é magnifíca.

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