Domingo à tarde
Este dia, agora, de tão distante já foi ontem
e ainda há pouco dançavamos enleados
sem nunca nos termos visto.
Comemorámos o sucesso da primeira dança
com uma laranjada dividida a dois
no balcão da sociedade recreativa.
Nostálgica lembrança dos bailes
quase virtuosos de domingo à tarde
com aquela jovem amada
que nunca mais voltaríamos a ver
apesar de a procurarmos nos domingos seguintes
até nos apaixonarmos de novo numa outra dança.
Nem hoje somos capazes de imaginar
um mundo que fosse diferente daquele.
Talvez em algum lugar aquela avó
se recorde ainda do seu esplendor de jovem.
Faço deslizar a mesma música de outrora
e agora dentro de mim assoma
uma lágrima sem retorno.
Sem tirar nem pôr, uma versão poética das minhas tardes de Domingo.
ResponderEliminarSaudade da mocidade e da Sociedade Recreativa " O Familiar", em Moscavide.
A música ao vivo não era o Elvis que a cantava, eram Bandas da época.
Cheguei a dançar lá com o Zé Manel dos "Conchas".
Cantava bem mas dançava mal...uma desilusão.
Como é que adivinhou? :-)
Bela postagem.
Um abraço.
Essa também foi uma realidade da minha época em Lisboa, Os Conchas incluídos.
EliminarObrigado pelo comentário e pela identificação.
Um abraço
Meu caro,
ResponderEliminarfica proibido
de entrar
tão desinibido
no meu passado
A primeira dança
aconteceu
no Ateneu
"It's Now Or Never", acho eu
Gostei do seu comentário com humor. Afinal andámos todos por lá, Casa do Alentejo, Casa do Minho, Associação de S.Mamede, Casa do Algarve, etc., etc.
Eliminaronde havia baile lá íamos.
Um abraço
Ilustre saudação do passado em forma poética
ResponderEliminarGostei
Um passado comum a alguns, anos 60.
EliminarObrigado.
Bom Dia
Gostei desse seu Domingo à Tarde, mas não posso, como os outros, rever-me nele; nunca frequentei sociedades recreativas, preferi sempre o sossego das matas e dos jardins e o rei Elvis nunca me entusiasmou 1/10 do que me entusiasmavam os Beatles e Simon & Garfunkel, quando tinha tempo para os ouvir, de preferência no meu quarto e sozinha, porque o namorado não estava autorizado a lá entrar. Depois, no final da década de sessenta, quando decidi trabalhar para ganhar autonomia, só as músicas de intervenção me apaixonavam.
ResponderEliminarAbraço, L.
Também me revejo nesse percurso, nem sempre havia bailes. Também sou, ainda, um admirador desses artistas.
EliminarObrigado pelos seus sempre coloridos comentários.
Um abraço
xi-♥
ResponderEliminarSinuosa, por favor repita o seu comentário pois eliminei-o inadvertidamente. Quis apagar os que tinha apagado e... foi o mais importante também embora.
EliminarPeço muita desculpa.
Obrigado
Reproduzo o seu comentário para o caso de o ter perdido.
EliminarEu via as minhas amigas mais velhas a embonecarem-se para irem para esses bailes. E pressentia como era importante para elas. Talvez por isso me lembre.
O Sr. das Nuvens é muito talentoso! É um um autêntico (e lindo) retrato antigo, em palavras, desses tempos!
:)
Boa noite. Como fui criado na Igreja, quase não fui nesses lugares. Mais os artistas são maravilhosos.
ResponderEliminarSim, esta vivência era diferente. Obrigado por ter vindo.
EliminarBoa Noite.
um passado muito longiquo
ResponderEliminarque o autor recordou
a lágrima é da comoção
ao ouvir a música
beijinhos
:)
Comentário certeiro.
EliminarMuito Obrigado.