Trocamos palavras,
mas tenho dois agáricos no meu jardim.
Obrigaste-me a dizer a verdade
e eu não fui capaz de fazer
da verdade uma mentira
mesmo cantando, mesmo sorrindo.
Tu sim, fazes sempre da verdade
um mistério adocicado
como círculos suaves na água
depois do mergulho de uma pedra,
verás os seus efeitos mas nunca
o que foi o seu interior
mesmo que as fábulas ondulem
de versão em versão.
Agrada-me que me chames
pelo meu nome
mas agora não posso responder-te
vou colher dois agáricos
que nasceram no meu jardim.
Tão bonito, mesmo!
ResponderEliminarAdorei.
:)
Um comentário curto mas muito compensador. Obrigado.
EliminarBoa Noite.
«mesmo que as fábulas ondulem
Eliminarde versão em versão.»,
Posso saber se no seu jardim sobe três degraus e adiante sobe mais três, seis ao todo? E se voltar atrás, os desce?
:)
Muito atenta e com boa memória, nem eu me lembraria do tal texto que fala dos degraus do meu jardim. Fico muito bem impressionado com a sua recordação. Agradeço-lhe a atenção que me dedica.
EliminarObrigado.
Ai que riso, Sr.! Não é nada disso, é por causa da numeração da aguarela de hoje!
EliminarMas já agora hei-de ir ver para trás.
:)
Referia-me ao texto publicado em Agosto (procurar no índice no final da página) que tem uma resolução gráfica diferente do comum.
EliminarMas agradeço tudo na mesma.
Em agosto eu estive de férias, não devo ter reparado nesse seu poema.
EliminarE a aguarela de hoje, que contagem é aquela?
Gostaria que fosse ver essa publicação. Quanto aos números, não significam nada.
EliminarObrigado pelo diálogo.
ResponderEliminarTive de ir pesquisar o significado da palavra "agáricos"...
Não se pode saber tudo, por isso é que vamos vivendo e aprendendo.
Pela tela... pensei que irai presenciar antes uma colheita de papoilas vermelhas..
(mas só depois me dei conta que estamos no Outono e que o Verão já passou)
Beijinhos rubros
(^^)
iria*
Eliminar
EliminarOu será que são cravos... (?)
Acho que o Rogério Pereira me "trucida" caso tenha interpretado mal! 😊
A flor da imagem não é de nenhum tipo determinado, assim, acho que satisfará qualquer leitor.
EliminarAgradeço a sua visita e seu comentário.
A intensidade de viver é sentir de determinada forma
ResponderEliminarGostei
De acordo. Obrigado pela habitual visita.
EliminarAté amanhã.
"Agrada-me que me chames pelo nome". Sinal de intimidade, ou de distanciamento? A versão de um relacionamento em que ir ao jardim se torna mais urgente do que as palavras trocadas... Gostei da imagem.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Achei certeira a sua interpretação. Agradeço a sua visita.
EliminarBom Dia, boa semana e, também, saúde.
De todas as aguarelas, digamos, abstractas, que por aqui já passaram, esta é a que me fascinou de verdade.
ResponderEliminarA minha verdade, claro!
A folha de cor fim- de-Outono, a nuvem em forma de chapéu, onde o caule da flor se predispõe a enfeitar, enfim...Toda ela é um poema...
Pelo que, desta vez, deixarei o poema por comentar.
Bom Dia.
Quanto à imagem, gostei da apreciação que fez. E, pelos vistos, a imagem ofuscou o interesse do texto.
EliminarMuito Obrigado por ter vindo, até mais tarde.
Não. Na verdade, os detalhes da imagem não ofuscaram as palavras.
EliminarNão quis e não quero, é expressar a minha ideia da mensagem que lhe está implícita.
Posso correr o risco de errar e a minha opinião ser alvo de mal entendidos, apenas isso.
Qualquer que seja a resposta do Luís, advirto-o de que não alimentarei o possível diálogo...
Obrigada.
Eu é que agradeço a atenção.
EliminarObrigado
Siempre es bueno decir la verdad, porque la mentira siempre se acaba descubriendo.
ResponderEliminarBesos
Tu comentario es una de las conclusiones correctas.
EliminarGracias por su visita habitual e indispensable.
Não tenho jardim, nem agáricos, mas eles lembram-me sempre os meus tempos de menina... por mais que os conotem com toxicidade, eu vejo-os belos, carnudos e deliciosos. Mas não sei se os conseguiria colher... de tanto lhes querer bem, ficaria embevecida a contemplá-los, o gesto nunca chegaria a nascer.
ResponderEliminarFalo-lhe de mim, mas sei que sabe que tudo o que acabo de dizer, sendo real, me nasceu do seu poema e da sua aguarela.
Abraço, L.
Muito me agrada a sua elogiosa referência à aguarela que, pelos vistos, criou alguma inspiração para as simpáticas palavras que me escreveu.
EliminarUm Grande Obrigado.
Até logo.
Não, não a imagem não ofuscou o interesse do texto.
ResponderEliminarAmbos um mimo de inspiração.
Como me agradava que ele me chamasse pelo meu nome, que é tão lindo.
Obrigado, o seu comentário é muito simpático. Pode dar-lhe o poema a ler, pode ser que suscite uma resposta.
EliminarBoa Tarde.
Não, não posso!!
EliminarO meu "deserto loiro" não conhecia a língua portuguesa... e abandonou-me.
Ao ler o poema, lembrei-me da polémica que tínhamos, por ele nunca me chamar pelo meu nome.
Estou como a Maria João, quando lhe falo de mim, "... sei que sabe que tudo o que acabo de dizer, sendo real, me nasceu do seu poema..."
No que me diz respeito, fico contente por ter escrito alguma coisa que foi inspiradora e suscitou o agradável comentário.
EliminarObrigado, até logo.
[...mas onde é que este homem
ResponderEliminarme vai buscar estas palavras
que têm tanto de inspiradoras
como de bem em arrumadas?
Onde?]
Nem eu sei responder a isso. Tomo o que disse como um elogio. Só tenho que lhe agradecer. Ainda bem bem que veio.
EliminarAté logo.
Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarchamar pelo nome pode ser pela intimidade mas também pelo distanciamento que se quer dar â pessoa.
profissionalmente gosto que me chamem pelo nome, costumo dizer, não é bonito mas é o que me deram.
a minha mãe quando se zangava chamava-me com voz grave Maria Piedade!
o meu pai era a Pequena (termo carinhoso)
no liceu e no meu circulo ninguem me trata pelo nome mas apenas pelo diminutivo.
mas um nome é um nome, e tem peso e devemos ter orgulho nele (mesmo que não se goste dele,que é o meu caso)
Gostei bastante deste seu trabalho e da aguarela....suave e no entanto tão colorida.
beijinhos
:)
Estou inteiramente de acordo consigo. A minha avó que era espanhola e que se chamava Eustáquia, não gostava do seu nome e quando veio viver para Portugal tomou o nome de Piedade. É só uma curiosidade.
EliminarObrigado pelas suas palavras.
Um abraço.
Que interessante!
EliminarGostei de saber!
:)