É o que vejo
Já não estou confortável
de maneira nenhuma.
Incomodam-me as contradições
entre o fogo da vida
e o fogo que mata a vida,
entre a água que alimenta
e a água das enxurradas,
entre o ar que respiramos
e o ar que nos envenena,
entre a terra produtiva
e a terra que nos consome.
Da minha janela é o que vejo.
Sento-me sobre a metáfora e esqueço-me
que deixei o leite ao lume.
Sento me sobre a metáfora e esqueço me que deixei o leite ao lume
ResponderEliminarSurreal o suficiente para inquoetar
😊
Gostei
Obrigado pelo apoio.
EliminarUma Boa Noite.
"Sento-me sobre a metáfora e esqueço-me
ResponderEliminarque deixei o leite ao lume."
Quebrar o poema com uma actividade banal, é absolutamente genial.
Gostei da classificação que deu ao texto. Ia dizer obrigado mas não posso, conforme me pediu.
EliminarO mundo tende a deixar-nos cada vez mais desconfortáveis com tudo o que observamos ao nosso redor. Essa é uma grade verdade.
ResponderEliminarEu não esqueço o leite ao lume porque o aqueço no micro-ondas, mas já deixei queimar dois tachos. Ficou tudo esturricado.
Gostei da aguarela e das cores, agora não me peça para identificar o que pensou quando a fez, porque ali só identifico os 'acajus' pintados de negro.
Desejo-lhe uma noite descansada.
Achei muita graça ao seu comentário. Também gostei do acordo que deu ao texto que aqui deixei.
EliminarMuito Obrigado e uma noite de descanso também para si.
Agora, até eu lhe achei graça!
Eliminar😃
Pese o desconforto que este seu poema denuncia, gostei muito da forma como nos faz saber o que vê da sua janela, L. Seremos, muito provavelmente, vizinhos, pois vejo exactamente o mesmo da minha janela.
ResponderEliminarPerdoe-me a sinceridade, mas mal abri o separador, vi parte de uma colónia de bacilos. Uma qualquer estirpe de "cocos", mas bacilos. Bacilos flutuando no ar sobre habitações. Mas isto não significa que me não agrade muitíssimo a mancha pictórica. E mais ainda me agrada a ideia de esquecer o momento para embarcar, durante alguns minutos/horas, na intemporalidade da metáfora.
Forte abraço!
Sempre interessantes e profundos os seus comentários. A confirmação de que a realidade que vê da sua janela é idêntica à minha diz-me que certamente não seremos os únicos. Gostei muito do que disse.
EliminarUm Grande Abraço.
Skiempore los excesos no son nada buenos.
ResponderEliminarNi exceso de agua, ni exceso de calor. Siempre se ha dicho que la virtud está en el término medio y es donde deberíamos estar.
Besos
Estoy de acuerdo contigo. Puede ver un paisaje idéntico desde su ventana. ¿Qué hacer?
EliminarUn abrazo y muchas gracias por visitarme.
Fabulous blog
ResponderEliminarPlease read my post
ResponderEliminarThanks.
ResponderEliminarI will visit your blog.
Boa tarde. Concordo muito com suas palavras. O fogo serve tanto para o bem como para o mau.
ResponderEliminarÉ como diz. Agradeço a sua visita.
EliminarBoa Noite.
Venho até aqui, junto às Nuvens, e mais perto do Céu, para saber se já se ouviria o estrelejar dos foguetes...
ResponderEliminarMas tudo está na maior das acalmias...assim manda a prudência.
Então, até mais logo! :-)
Claro que mesmo sem foguetes saúdo o vencedor e me satisfaço por ter sido feita justiça. No entanto, não alimento esperanças de mudança naquilo que é estrutural na política daquele país.
EliminarAté logo então. Obrigado pelo cuidado.
Há quem olhe e não veja
ResponderEliminare, cedo ou tarde
chora sobre leite derramado
sem nunca se lembrar
que se tenha esquecido
de o ter deixado ao lume
Comentário original como sempre. Que agradeço.
EliminarBoa Noite.
Caro Poeta
ResponderEliminarHá dias assim!
Que não nos aturamos a nós próprios.
Eu já disse, qualquer dia dicorcio-me de mim.
;)
Isso é uma medida radical.
EliminarUm abraço
é apenas um expressão, depois dou uma gargalhada
Eliminarpara manter o equilibrio.
sou muito certinha, mas gosto de rir por vezes até ddo que digo.
nao leve a mal
:)
Achei graça.
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