Eduardo Chillida
Em mim o negro de mim
Entro no poema pelo negro.
Um lápis afiado mas
um vazio na memória
dos tempos magoados
de negro riscados.
Cinzas negras das manhãs
e das noites que arderam
e sempre a fatalidade
dos dias já nascerem noites
madrugadas negras.
Um lápis afiado mas
um vazio na memória
é tão claro para mim
o negro que cresceu em mim
que sinto chegar o desejo
de abandonar tudo e sair
do poema pelo negro.
Boa noite. Parabéns pelo lindo poema.
ResponderEliminarMuito obrigado.
EliminarBoa Noite também para si.
O negro não cresceu em mim
ResponderEliminarCresceu sim, na escultura de Eduardo Chillida.
Esta noite gostei menos da imagem, mas muito, mesmo muito do POEMA.
É uma satisfação para mim. Não posso agradecer como me comprometi.
EliminarAlto!
ResponderEliminarPára aí!
Não saltes!
Tenho quase pronta
uma colorida tela
e quero que saltes
para ela!
(As cinzas negras das manhãs
e das noites que arderam
apresentaram reclamação
a que não dei provimento)
O já habitual comentário/poema, sempre com humor.
EliminarAgradeço e desejo Boa Noite.
Nas negras noites,
ResponderEliminarde longas e tristes madrugadas,
pergunto-me:
Será que o Sr. das Nuvens
nunca dorme,
se mantém atento e alerta
velando o descanso
das almas amarguradas?
De volta às minhas noites bem dormidas, vim só espreitar qual o tema d'hoje e ocorreu-me colocar-lhe esta questão. :)
Espero que me não leve a mal.
Desejo-lhe um feliz Dia, pleno de luz e cor.
Começo por lhe dizer que "não levo a mal", a curiosidade é uma característica que também tenho. Satisfarei a sua curiosidade se lhe disser que durmo cerca de 6 horas?
EliminarSobre a publicação de hoje, dado a ausência de referências, presumo que não tenha sido do seu agrado.
Muito Obrigado pela vinda, desejos também de um dia feliz.
Completamente satisfeita a minha curiosidade. Obrigada.
EliminarComo presume não ser de meu agrado? Se...
... um vazio na memória
é tão claro para mim..."?
Gostei sim, e muito.
Obrigado.
EliminarGracias a que tenemos una memoria muy selectiva y trata de borrar aquellas cosas malas y quedarnos con nuestros hermosos recuerdos. Así no nos quedamos anclados en el pasado y podemos ver la vida con una nueva esperanza que nos ilusione de nuevo.
ResponderEliminarEl pincel verde, es muy bueno para recuperar esa nueva esperanza, tan necesaria en la vida.
Besos
Entiendo y estoy de acuerdo con su punto de vista. Hay muchos colores en mi paleta, pero el negro es parte de ella y es necesario.
EliminarTe agradezco mucho tus siempre profundas palabras y te deseo un buen día
Un abrazo
Bonita sucessão de ideias com as cores como pano de fundo.
ResponderEliminarGostei.
Obrigado pelo seu comentário.
EliminarDesejo-lhe um bom dia.
E eu que entro sempre no poema pelo branco. Mas porque me é mais fácil, com estes olhos meio cegos, prefiro lê-lo sobre o negro.
ResponderEliminarDe novo, mais na escultura de Chilida do que no seu poema, aquela inexplicável sensação de ameaça. Não pessoal, nunca pessoal, contudo ameaça, risco, perigo...
Forte abraço, L.
As imagens e as palavras provocam sensações, nem sempre boas, mas é esse o objectivo, penso eu. Agradeço a atenção que sempre me dedica.
EliminarUm abraço e um bom dia.
não necessita ser negro
ResponderEliminarpodemos inventar cores
:)
Podemos, claro.
EliminarObrigado