Foto do autor do texto



Naquele tempo foi assim


A maldição é a distância do tempo

do teu tempo

e do meu tempo. 

A maldição é o tempo a passar

e onde o nosso tempo era igual

passou a haver uma eternidade. 

A maldição é a verdade

sempre vir colada ao tempo

e não termos tido a coragem

de não parar os nossos relógios 

e ir às nossas próprias vidas. 

A maldição é o nosso lugar no tempo 

por isso amaldiçoo o teu tempo

amaldiçoo o meu tempo. 

Quando a minha memória 

ficar cega e muda

já nem me lembrarei da tua cara,

nem te poderei recordar

pela impossibilidade 

de te extrair daquele tempo

onde não voltaremos a encontrar-nos.






36 comentários:

  1. O tempo como a nossa segunda pele. Sempre connosco.
    Gostei

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  2. A fotografia vale por todos os tempos,
    passados, presentes e futuros.
    Vale por todas as maldições, bençãos, arrependimentos
    e frustações.

    A fotografia, soberba, vale por toda a Eternidade...

    Boa Noite.

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    1. Obrigado pelas considerações sobre a foto. Quanto ao texto, foi suplantado pela foto, ao que parece.
      Obrigado pelas palavras.
      Boa Noite

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    2. Faço minhas as palavras da Janita, a fotografia é um verdadeiro encanto... e recordei o meu tempo em PORTUGAL.

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    3. Devo dizer que sim, sob o meu ponto de vista, discutível, como qualquer outro, para esta fotografia esperava um texto com mais impacto emotivo. Lamento se defraudei as suas expectativas.

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    4. Não me sinto defraudado. É natural que nem todos os leitores façam a mesma apreciação. Convivo bem com isso.
      Fico reconhecido na mesma por me prestar atenção.
      Boa Noite

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  3. O POEMA não foi suplantado pela fotografia. Fotografia essa, que causou surpresa pela sua beleza.
    Palavras emotivas, na minha opinião, que expressam o tempo, em que o POETA era jovem e curtia nas belas praias do nosso país, as mais belas da Europa. Agora não me diga, que a fotografia é de uma praia estrangeira.

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    1. Achei graça à referência à época em que situou o texto
      A praia é Foz do Arelho.
      Boa Noite

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  4. Porque nada permanece vivo,
    se não tiver seu sustento
    cá venho alimentar minha fama
    de fiel e atenta leitora _ que sou _
    deste cantinho distante, lacónico, porém, magnetizante.

    Passo à fase seguinte para o saudar e
    dizer-lhe que guardo um secreto desejo _ que deixa de o ser _
    Gostaria muito de rever aqui a mesma fotografia, vestida com outras palavras.
    Palavras despidas de saudade, de tristeza.
    Cobertas apenas pelo manto diáfano do cheiro a maresia e das vagas embaladas pelos sonho...

    E esta, hein?

    PS- O sol d'hoje não foi enviado por mim, talvez por isso tenha sido tão fugaz. Se tiver ido para o Congresso, eu aguardo a sua chegada.
    Desta vez não apago nada. Prometo!



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    1. É honroso para o autor deste blog receber um comentário com este desenvolvimento. Registo a afetuosidade com que se refere ao que aqui publico, isso é um incentivo que me manterá interessado a continuar a mostrar o que modestamente produzo, sem pretensões. Não há apenas tristeza e saudade no que publico, aqui e ali, tenho dado uma nota de humor mas, reconheço, que essa minha índole transparece maioritariamente no que escrevo. Somos o que somos e os caminhos que percorremos.
      Só tenho a agradecer a atenção que lhe mereço e conto sempre com as suas visitas.
      Um abraço e obrigado.

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    2. Luís, eu referia-me apenas e só a este texto.
      Obviamente que sei da diversidade de sentires que vai deixando expressos neste seu espaço.
      Obrigada pela sua gentil, completa e pronta resposta.

      Bom resto de Domingo.
      Claro que pode contar sempre comigo, quer eu concorde com tudo o que escrever, ou nem tanto.
      Irei é tentar ser mais diplomática nas minhas apreciações.
      Reconheço que nem sempre o sei fazer, o que lamento, acredite.

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  5. A minha questão é saber, se o POETA participou no Congresso ou não?!

    Quanto à POESIA continue:

    EU SOU como EU SOU

    ou

    ESCREVO como ESCREVO

    Ponto!
    Basta!

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    1. Afinal estamos todos de acordo... o que é júbiloso.

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    2. Não respondeu à minha pergunta:

      O POETA participou no Congresso ou não?!
      Encontrou lá o nosso amigo Rogério com a bandeira comunista na mão?!

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  6. Olha lá ó Teresa Hoffbauer, alguém se dirigiu a ti ou falou da maneira como escreves ou do que eacreves?

    Então, CALA-TE! Como diz o RAP!

    Não foi contigo que falei, pois não?
    Metediça, pá!



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    1. O POETA tem sempre a liberdade de apagar os meus comentários absurdos, que eu não levo a mal.

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    2. Acontece que eu NUNCA escrevo nada ABSURDO!!

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    3. Quanto aos comentários apagados, o POETA, como dizes, explicou-me via email a razão de tal ter acontecido, OK?
      Os da madrugada passada apaguie-os eu.
      PONTO!!

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    4. Por favor, todos são bem vindos com os seus comentários. Recebo tudo e nada me faz mal. Agradeço até.

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  7. Calma, Janita!!!

    O POETA tem sempre a liberdade de apagar os meus comentários absurdos, que eu não levo a mal, isto é, estou a referir-me aos MEUS COMENTÁRIOS. Nada sei dos comentários apagados!!!

    Beijinho, querida amiga da primeira hora.

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  8. Si analizamos la vida en los distintos siglos, siempre han habido situaciones angustiosas de superar.

    Hoy en día cosas que afectaban en el pasado, ya no es para nosotros nada más que un resfriado...el ser humano siempre ha tenido un gran poder de superación.

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    1. Su comentario es muy esclarecedor y estoy de acuerdo con él.
      Muchas gracias por venir.
      Un abrazo.

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  9. Boa noite. Só leio aqui do Rio de Janeiro. Um.excelente domingo.

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  10. Poeta
    Achei um poema cheio de nostalgia
    quase raiva
    tanto desalento
    e triste, como se tudo já tivesse finalizado.
    mas.
    a escada ali ameniza o poema pois podemos dar-lhe outra interpretação.
    :(

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