Foto do autor do texto
Como saldar a dívida?
Diz-me quanto te devo
passados todos estes anos ___
___ em troca destes cabelos brancos,
do tricô que eu fazia com os dedos
quando me enervavas
com as tuas palavras movediças,
das dores indefinidas pela tua falta
de dedicação ao meu corpo,
da cessação do desejo,
da baba quando adormecia no sofá,
dos símbolos derrubados
pelos espasmos da tua inteligência.
Como já não tenho tempo
para saldar a minha dívida ___
___ fiz as malas
com os meus desgostos e os meus remorsos
e vou partir para aquele espaço vazio ___
___ mas voltarei
nú e com uma rosa entre os dentes.
ResponderEliminarE a viagem de regresso, em vez de ser feita a nado, pode muito bem ser feita num barco.
Será que nunca deveremos desistir de tentar regressar onde já fomos felizes!?
Beijinhos a remos
(^^)
É uma alternativa para o regresso. Nem pensei nisso.
EliminarNão sei se devemos regressar ao passado.
Obrigado
Boa Noite
As memórias, sempre as memórias de uma infância que desejou amor e colheu indiferença.
ResponderEliminarNegligente, ou não, talvez nem houvesse desamor, mas houve certamente, uma forte razão para ter provocado essas marcas...
Um abraço ao autor do texto e da interessante foto, ainda na mesma praia da foto anterior.
Amanhã, voltarei!
Todos nós somos o que já vivemos. Observou bem.
EliminarA foto é na mesma praia, sim.
Obrigado pela indispensável visita. Um abraço.
Até amanhã.
As memórias como bálsamo que nos fazem prosseguir o caminho da vida.
ResponderEliminarGostei
As memórias são fonte inesgotável.
EliminarBoa Noite.
Recordar é viver,
ResponderEliminarMas o voltar ao passado
Que está morto e sepultado
Não é próprio para o ser
Que anda em busca do prazer
Pertencente ao futuro
E mesmo distante e escuro
É onde o prazer se acha.
Empreendamos, pois, a marcha
E transponhamos o muro.
Abraço fraterno! Laerte.
Saúdo a sua primeira visita e agradeço o poema que me deixou. Visitarei o seu blog com atenção.
ResponderEliminarUm abraço também para si.
Boa Noite.
Se há coisas que não têm preço, o amor é uma delas. Às vezes é preciso fugir para voltar de novo. Ás vezes é preciso morrer quantas vezes for preciso até nascer sem dor... Gostei muito do poema.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Só tenho a agradecer-lhe a atenção que dispensa a este espaço e as palavras simpáticas.
EliminarUm abraço, saúde também para si.
Se é certo que os finais dos seus poemas são frequentemente desconcertantes, este foi o mais desconcertante de todos, L.
ResponderEliminarConfesso-lhe que não consegui reprimir uma gargalhada.
Gosto muito do que consegue fazer com uma fotografia, do que escolhe para fotografar e da forma como transforma pormenores em figuras centrais.
Abraço!
PS - Estou ainda em directo com o Congresso.
Também estive em directo. No final sem som, faltou esse condimento.
EliminarSim, gosto de terminar com uma nota insólita. Fico contente por esse pormenor ser apreciado.
Um abraço.
Dziękuję za Twoją wizytę
ResponderEliminarVoltei - como prometi - e reli o texto poético,
ResponderEliminaratentei melhor no final e sorri como o não fiz
quando o li anteriormente.
Voltar nú(s), podemos sempre voltar, com a tal rosa entre os dentes parece-me mais difícil.
Interpretei, e interpreto, essa parte, como um renascer ou reviver, talvez como alguém do outro género.
O que será pouco provável, é que um recém-nascido já venha apto/a a dançar o Tango....
A nota de humor final é sempre de sabor agradável e dispõe bem.
Até logo! :-)
Obrigado pela segunda vinda. Percebo que a nota de humor no final é do agrado de quem lê. Agradeço a sua interpretação.
EliminarAté logo.
Una distancia por medio, es una buena forma de recapacitar.
ResponderEliminarBesos
Gracias y considere su opinión.
EliminarUn abrazo.
A fotografia de hoje é tão fantástica, tão fascinante, tão azul, que quase esquecia o POEMA se não fosse o FINAL.
ResponderEliminarImaginei o POETA nú (quando era jovem) e com uma rosa entre os dentes.
ADOREI! ADOREI! ADOREI!
A imaginação completa o texto. Foto do mesmo local da anterior.
EliminarUma amiga alemã adora a praia Foz do Arelho.
EliminarEu prefiro a Praia de Moledo, mas depois de ver as duas fotografias apetece-me dar um salto até lá.
É bonita sim, e tem logo junto à praia a lagoa de Óbidos.
EliminarProcure no Google Earth, Lagoa de Óbidos.
Bonitas palavras. Um dia voltaremos todos ao ponto de origem, nesta vida ou na outra (?) !
ResponderEliminarSeria interessante voltar... ou talvez não, pensando melhor.
EliminarQue cada um se endivide
ResponderEliminarQue cada um tenha a força
suficiente para carregar tais malas
Que cada um
penetre num espaço vazio
e o preencha
com a flor que levar
seja rosa
ou outra flor qualquer
Eu levarei um malmequer
Ou talvez um cravo
pois se trata de renascer
Mais um comentário/poema de que gostei e agradeço. Até logo.
EliminarAdorei o poema.
ResponderEliminarVoltarei nu com uma flor nos dentes.
Estrofe que só por si vale um poema.
Gostei da foto, tudo o que sejam barcos eu gosto, mas, para este poema eu tinha colocado outra.
É a minha opinião que é sincera e crua, vale o que vale.
;)